''Fechar-se não está com nada , as pessoas são sempre o que de melhor existe .''
(Caio F. Abreu)

domingo, 30 de maio de 2010

não digas não ao meu coração


Podes até dizer-me não, entretanto meu coração não entende; não atende.
Meu coração diz-me sim, esse pede tanto o teu.
Aqui, ali, no frio, na chama e no medo que me clama.

sábado, 29 de maio de 2010

minha sina


teu amor me trouxe o riso
contido e escondido
embaixo de um oceano
de tristezas e água fria

por você sorri calada
escondida e sem palavras
por você fiz-me bela
com meus brilhos, minhas rimas

contigo quero o mundo
quero a vida quero rumo
com teus beijos e teu colo
aquecendo-me desse frio

dos teus olhos a luz
que guiará meus caminhos
iluminará meus sonhos
e me fará sorrir

por você todo o amor
o antes o agora e o depois
a minha estrela guia
minha miragem, minha sina

quinta-feira, 27 de maio de 2010

nos sonhos o desejo real


olhos nos olhos
em sonhos, paixão
esqueço os medos
reviro-me ao avesso

te sinto te quero
e espero um momento
um instante no teu tempo
e vivermos de amor

eu sonho e fantasio
te imagino dia e noite
faço-te minhas preces
de um carinho que aquece

não apague os beijos
não tire esse desejo
não atire esse apreço
ao alto somente grite

grite o amor do teu peito
grite essa fome do meu seio
e toque minha pele no escuro
e grite meu nome ao imenso

me dê um sorriso um abraço
um colo um cheiro e um vinho,
deita-me na cama e depois
feche os olhos e me ama

quarta-feira, 26 de maio de 2010

À flor da pele

Nos olhos que em sonhos me olham, encontro um amor. Encontro o amor sonhado e deixado de lado como meu café gelado. Deixo-o ali, calmo e quieto. Parado olhando-me com seu olhar terno e amedrontado. Olho-o como quem o quer com desejo de mulher e aquele amor sonhado de uma criança quando escuta um conto de fadas. Sei que não será, sei que será terno e que o eterno não existirá em extensão. Mas direi a ti, em sonhos ou não, intenso é e será.
Encontro-te em meus braços, tenho-o aqui bem próximo e o quero tanto que me esqueço. Esqueço desses medos tão citados e tão presentes em mim. Tenho-o aqui, junto a mim, a todo instante. O cheiro, o toque, o corpo, a pele, o beijo, a palavra e eu. E você. E a soma de nós dois e o resultado é a intensidade. É o amor. Esse está em mim e em ti. Esse é nosso, somente nosso e ninguém o toma de nós. Digo-te, meu bem, mesmo em sonhos posso senti-lo.
Nos lábios que em sonhos me beijam encontro o desejo existente em nós. Encontro uma saudade. Encontro a união de dois corpos, de duas peles e duas almas. Encontro eu em ti. Meu espelho mais perfeito de paixão. Estou aí, do lado, toca-me quente. Sinta-me completamente e beba-me. Desejo. Paixão. No fim da noite, ouça-me, diga-me e enxuga-me. Amor. Calma. Alma. Sentimos apesar do tempo e não esquecemos, mesmo que desejamos. Posso dizer-te hoje que sinto paz ao ter-te presente em meios sonhos. Digo-te que me traz vida. Tu, que temes em sonhar comigo, não temas coração partido. Tenha em teus sonhos o abrigo que encontro ao ter-te comigo, nos sonhos.
Lembranças, recordações e esperas. Estou à flor da pele. Louca, pirada e todos os derivados possíveis. Estou sentindo terna e necessitada de vida, de cheiros e flores; traga-me! Vermelhas, escandalosas e ao mesmo tempo delicadas e simbolistas do amor inesquecível que nos toma. Chegas de mansinho, amor arrebatador e enérgico. Tomarás meu tempo, tomarás meu peito, tomarás o desejo; amor doce-salgado. Digo-te logo: Toma-me.
Sem receio, sem apelos. Quero um beijo e um aperto. Quero tua alma junto da minha. Tua pele quente e clara misturada com a minha.
Calo-me, porém peço-te: fale! Diga-me com precisão e doçura, diga. O sentimento, o aperto e todo esse desejo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

do que eu sinto


eu ri
depois de tanto tempo
eu ri
olhando-me no espelho

eu ri
imaginando o teu beijo
eu ri
brincando com o cabelo

eu vi
teus olhos no retrato
eu vi
tu sorristes pra mim

eu vi
teu corpo no meu
eu vi
de novo, o meu que é teu

eu senti
tudo começando
eu senti
que estava amando

eu vivi
nesse instante e sorri
eu vivi
quando vi que te terias aqui

eu sonhei
imaginei e busquei
encontrar no teu olhar
o que me fez te amar

domingo, 23 de maio de 2010

na boca vermelha, Marisa


Queria eu ser Marisa
andando pelo Monte
Escrevendo e cantando
com sorrisos de Monalisa

Queria eu um Vilarejo
onde a Gentileza sorrisse
para o desafeto
Da aurora até o mar

Amor I Love you,
e a Saudade não passa
nessa Maresia nessa alma
só à espera do teu beijo

O céu refletia o Seu olhar
que de longe me falava
com calma e com anseio:
O Amor não sabe esperar

O Que Me Importa
é seu sorriso, seu abraço
o bom papo com um beijo,
misturados somos um

Perdoa meu amor,
Pra ser sincero Preciso me encontrar
Lá de longe buscar
o meu Infinito Particular

Enquanto Isso Diga:
Eu amo você!
Serei sempre A Sua
e De mais Ninguém!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Uma doida varrida


A confusão ainda insiste, o medo ainda ronda e as esperanças, como sempre, ainda presente nos meus dias, na minha vida e nesse destino que insisto em acreditar. Leio revistas, leio livros e ainda escrevo sobre as ânsias que existem em mim; assim vivo. Minhas leituras são calmas e, de certa forma chegam até ser ofensivas de tanta calmaria. Irrito-me e retiro-me diretamente da concentração que me permitia ler algo com tanta delicadeza.
Hoje, estou sentindo-me pura, porém com todos os ataques de uma mulher vítima de uma tensão pré-menstrual. Estou louca, uma doida varrida – como diria minha mãe. Estou feito bicho, uma fera – quase Leoa, da melhor espécie – eu diria. Rio de mim mesma e ainda torno-me completamente irônica (uma puta pura com insanidades, feita de sagacidades). Estou nua aqui! Vejam! Minhas doidices, minhas purezas ou a falta delas estão aqui, olhem! Peço, por favor, tomem-me como aquele licor ardente e que os deixam doidos varridos como eu. – Estou pirando.
Risos, gargalhadas e o desejo por algo mais. Um estresse que embriaga e deixa-me tonta. Criada a laços e amores, estou seguindo ao contrário. Estou do lado de lá. Lá onde o tempo é inexistente; onde o sujeito do verbo intransitivo mais usado em meus desabafos, não sou eu – ainda bem – digo em silêncio. Digo isso, porque gramaticalmente esse verbo não necessita de complemento, portanto na prática o complemento é essencial. Esses amores, essas loucuras, juro, ainda irão matar-me de tanta espera. Ou não. Sempre há o riso e, sempre há esperança. Que eu a tenha!
Com tempo curto como os meus cabelos, que cada vez mais espigam, vou ficando cada dia mais adoidada. Inquieta e bastante, imensamente impulsiva vou catando os detalhes na roupas, nos olhos e no medo que me ronda. Vou bebendo da lembrança para que embriague a esperança. Vou sendo gotas de orvalho que me apaixonam pelo amanhecer.
Desligo-me agora, fecho os olhos que há dias já não sabem o que é descanso. Ardentes e ceguetas, já não enxergam os sonhos a sua frente. Acabo aqui em risos e devaneios. Estou aqui com minha escrita - quase sem nexo e que possam acompanhar-me.

- Aceitam um café amargo e quente? Ou preferem algo mais forte?

Eu, como boa doida varrida, estou pronta para o que der e vier. Que venha!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

quase sem tempo




tempo corrido
como aquele buffet de segunda
com a sobremesa misturada
e uma carne mal assada

minha vida só passa
mil leituras e uma escrita
uma prece e um estresse
misturada com paixão

esqueço a bolsa e o batom
volto desligo a TV e o som,
me perco no escuro
e o tempo esquece a imensidão

eu tomada de ilusão
corro e me deixo aqui largada
deitada e acabada
pensando em solução

mil soluções,
mil decepções
e um oceano de coração
imenso que me guia na escuridão

o tempo corrido me mata
me engole, cansa as pernas,
cansa a alma, me cansa
e sem tempo de sorrir

Eu finjo existir.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em silêncio


O silêncio que tanto busco por horas assombra os meus pensamentos. Vou indo sem ruídos, sem inquietações e me perco sem certos estalos que tua voz causava e endoidada eu ficava ouvindo, mesmo que impaciente; encantada. E buscava um silêncio, uma oportunidade, quem sabe, de poder não só ouvir tua voz, mas beijar-te calmamente. Tocá-lo e sentir tuas mãos grandes acariciando minha face gélida da geada que toma conta deste mês de inverno. E hoje penso que aquela voz, que por horas soava irritante, hoje me deixa inquieta é de tanta lembrança. Ah, como seria bom ter-te aqui falante e inoportuno! Queimando essa geleira que se pôs aqui, bem aqui dentro, em mim.
Se minha prosa fosse somente besteira, nem contaria a mim mesma, ficaria muda. Em nada de voz. Se fosse malícia, juro estaria mordendo o lábio como quem não quer nada a pedido; de ti. Se tudo isso fosse simples, tiver-te aqui fosse apenas um estalar de dedos eu o faria. Estalaria mil vezes se preciso fosse. Porém, não é algo de tanta simplicidade. Estou rouca mesmo que calada por gritar, mesmo que internamente por teu nome; por teu colo. Desta forma, sinto no peito uma gota de ansiedade e o resto de arrependimento, se não fosse minhas lamúrias de ti, teria teus olhos encarando-me noite e dia. Estou fosca. Estou. E estar me congela somente aí, sem exigências, existências, rumos e abrigo. Estou solta. Sem vida e falta-me coragem e vontade.
Aumentando minhas lamúrias hoje por não ter-te junto a mim. Vejo a confusão que se tornou esses meus olhares, perdidos em tantos rostos, tantas caras e tantos cheiros, há busca de ti. Confusa, sem saber aonde procurar e o que fazer, fico aqui sentada e escrevo em papéis rasgados jogados ao chão como se fossem lixos rabiscados e sem volta. Reciclados jamais serão, espero. Serão apenas tristezas em forma de pedido – imploro e desejo de ter-te ao lado. De tocar-te a pele clara que envolve todo o teu corpo que preciso ter em mim.
Fico muda em instantes e calo meus ouvidos para que não ouçam nada mais, além das lembranças da tua voz ao pé do ouvindo. Fico aqui, meio louca e meio santa. Fico aqui procurando o teu gosto e enquanto não o encontro bebo da tua bebida, em silêncio.

domingo, 16 de maio de 2010

e ainda acredita

Sentiu-se nua em meio aos risos
e aos olhares de quem a vê,
diz o quanto és bela
e quem conhece sabe dos sonhos
que a persegue dia e noite
que a toma como água
e a faz ser como brasa
que ferve queima e espedaça
o coração daqueles desamores
que a deixam largada, e teima
em ter felicidade e coragem
quando tudo parece estar
fora do normal
acabado
sem sal
tão triste
morto.

E ainda assim acreditava.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Carta a um amor de longe


Àquele que me mesmo distante me traz desejo e suspiros. Calafrios e delírios. Ainda chegará o dia que tu encontrarás a minha alma, terá em sua pele meu nome e quando escutares minha voz tremerá de amores. Ainda sonho que o dia em que nos encontrarmos seremos dois em um. Seremos dois corpos em busca de desejo e paixão; um no outro. Que aí onde estás me encontre em sonhos. Aí, onde os avanços ultrapassaram minhas escolhas, onde o amor é raro e a tecnologia fez com que as cartas de amor, escritas dentro do coração, acabassem. Onde o amor virou barbárie e onde o toque virou detalhe. Aí, onde a terceira, quarta e quiçá quinta dimensão é mais valorizada que o coração; perco-me em tristeza por pensar que raramente o valor do meu amor chegará a teus ouvidos.
Estejas tu onde estiveres, com idade a mais ou a menos, peço-te um pouco de tempo e penses sobre que venero. Penses no amor que te entrego e leias com atenção minha carta – mesmo que seja um tolo gracejo no mundo em que estas. Saibas que mesmo aqui, há uma longa distância de ti, dou-te amor. Transbordo de paixão e estou entregue e confiante que terás em ti o mesmo. Saibas que ainda nos encontraremos e beberemos de tanta paixão; ainda seremos uma plena união.
Escrevo a ti, meu amor futuro, para que tenhas em teu peito aonde quer que esteja um lugar grande para que guarde esse amor que me invade e cada vez mais cresce e torna-se enchente; transborda de mim para que enfim, chegue a ti. Escrevo cheia de esperanças que leias e entendas que de amor eu sou feita e em mim há tanto desejo de ti que me perco. Perco os sentidos, a cabeça e o rumo. Estou à beira de um surto de insanidade, estou em delírios. Estou louca e cheia de amor. Estás em mim com uma intensidade tão grande que te respiro, sinto e preciso.
O tempo aqui passa aparentemente devagar, mas o que trago em mim é imenso e forte. Esperarei para que um dia ainda possa tocar em teu rosto e ter-te deitado em meu colo desfrutando de meu amor. Leia e com calma inspire meus beijos largados em cada letra, já que em mundos diferentes nos possamos ter-nos. Beba de meu desejo em cada expressão que aqui coloco e sintas a intensidade do que há aqui dentro de mim. Ficarei aqui em meu mundo à espera dos teus beijos. Ficarei sonhando com teus abraços e teu afeto. Estarei, mesmo que louca, há espera do toque de tuas mãos em meu corpo – desejo. Por ti derramo lágrimas de amor. Transbordo, encho-me de vontade de ter-te aqui, em meus braços.

Mil beijos, e que aí onde estejas fique em paz.
Quero-te junto a mim. Preciso.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nos olhos, um gosto de vida



“Estou mais atrevida
Mordaz e ferina
Estou cheia de vida
Sagaz e ladina
Já não sou mais a mesma
Respiro outros ares
Navego outros mares
São tantos olhares
Convites, sorrisos
Eu gosto eu preciso

Quente e fora de mim. Estou fora, estou viva e me sinto, enfim, feliz. Encontrei caminhos que me trazem paz, vida e alegria. Sinto um rio extenso em mim que me leva aos rumos que nunca imaginei seguir. Sinto que depois de tudo estou pronta e entregue ao que me tire do chão. Ao que me faça estar nos céus e ao mesmo tempo nos sorrisos que via e tanto sonos me tiraram; sorrisos que me comiam. Andava pela rua e sentia o frio que consumia todas as energias – poucas – que existiam em mim e hoje, sou forte, sou ferina. Sai de mim e bebi tanto essa vida nova, estou mudada.
Os sorrisos que vejo hoje me interessam; se interessam por mim. Os olhos me convidam a ter vida, me chamam e me tomam um gole de bebida que enlouquece a alma. Aquece. Agrada e te ferve sem sentir. Olhares loucos e sorrisos bobos que traz aos poucos um delírio de algo que há tempos não sentia; estou viva, enfim. Descubro-me e não acalmo os sentimentos de ter asas e voar, estar longe e sentir em cada brisa a paixão. Estar vida! Ter amor.
O meu tempo hoje é outro, minha necessidade é de ter paz e poder sorrir, dormir e sentir. Liberdade de expressar, de ser e amar. Se minha pele pede mais, se quer desejo e um lar; terá. Hoje não fingirei os amores e nem amarei sem retorno; mudarei. Faço-me um pedido: tenhas vida até o fim e se for pra não ter, deixe. Deixa o que de desamor me pareça e de sem vida. O que me esfria é somente o frio que o vento traz, pois hoje a paixão por mim mesma fala mais alto, me aquece. E não finjo mais a presença que por anos não me deixara dormir, hoje sonho em paz. Não finjo mais que o amor aqui estava hoje o amor vive aqui. E estou feliz assim, estou cheia de vida, cheia de luz e cheia de mim! Estou bebendo amores, sorrindo dos dias e tomando aquele velho e bom chocolate quente que adoça os meus caminhos.
Quente e amante. Estou vivendo de amores e novos com novos rumores. Tenha fé em mim!

terça-feira, 11 de maio de 2010

o que vem de dentro


te abraço e te beijo
por horas me esqueço
virada do avesso
faço um novo começo

te sinto e te quero
mais perto mais meu
com fome e desejo
peço, me ame sem fim

nem dó nem medo
somente um apreço
e que seja imenso
para que não doa em mim

vou te contar um segredo
tu me deixaste um encanto
que nem meu canto
é capaz de expressar

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Embriagada de esperança


"Your turn, you'd rather leave than live and learn
That’s why, you want an end and so do I
This time, I believe I’ll leave it all behind
Tongue tied from all the little things
And they're the reason that I scream"


O tempo cada vez mais mudo entre meus pensamentos. Indecisões, confusões e me vejo: sem saída. A porta se abre e me fecham os olhos, me tranco dentro desse mundo que eu mesma criei e me sento. Sem rumo. Forte e sem sentido me sinto a beira do abismo que eu imaginei – imagino. Criei e acredito. Distante das raízes, deixando de lado o porto e seguindo rumo ao mar. Enfim, espero não me perder, afundar ou quem sabe sumir. Ou espero. E mesmo que isso me traga tristezas e profundas mágoas de mim mesma, digo: preciso. E acredito que ainda existirá alguém que entenderá os meus apelos, ouçam. Confiem em mim! Ou, que eu confie em mim!
O que eu quero é tanto, é demais perto de tudo que eu sinto e tenho aqui dentro desse coração - desse sentimento, que aos poucos está crescendo. Conforme ando, vivo, existo e sinto aumenta a minha necessidade de mais. Aumenta a minha vontade. Aumenta o que eu sou e me transformo em algo nostálgico. Com falta. Em falta. E mesmo que as horas passem; que os movimentos acabem e que eu, dos meus sonhos acorde, vou acreditar que posso ter em mim todo esse sentimento de nada que encoleriza o meu ser. Estou distante e naufragando a espera de algo que solte e acabe com tudo isso aqui dentro.
Os dias de frio que faz aqui no Sul corta minha boca, arde minha garganta, porém aquece minha alma. Com os olhos que vejo e nos olhos esperança, me aquece a alma. Enche os dias feitos de gelo; de sonhos. Vou indo, quente congelando nos dias de sol e de chuva que iluminar e inundam a paz que existe em mim. Só assim, nas ribeiras dos meus devaneios vou sendo e acreditando cada dia mais na felicidade. Por mais nostálgico que hoje pareça os meus dias; por mais que a saudade me tome, eu bebo esperança.
Vou levando o meu caminho. Meio as beiradas, meio as doidas e as metades. Completando as faltas com sonhos e o tempo à solta de verbos intransitivos. Vou sendo o que eu posso e completando a mim mesma em gotas de esperança divida com sossego. Um gole de vinho tinto e seco para embriagar e não pensar ou um uísque quente para queimar e não sentir? Nada, vou ficando à seca. Vou beber os pensamentos e minha ressaca serão os escritos. Serão as palavras que invadem e se soltam de mim, em gritos insistentes.

domingo, 9 de maio de 2010

Amor incondicional


"Mãe, me dá teu colo,
Mãe, mulher que adoro,
Mãe, se existo devo a ti meu respirar
Mãe, tão puro amor de mãe
Que as vezes não me vem palavras pra expressar
Mãe, pra ti conjugo o verbo amar...."



Hoje não é poema e muito menos desabafo. Hoje o dia é de amor. Amor incondicional. Um amor além da vida. Amor que nos traz calma, amor que nos dá forças, amor que nos passa segurança, o amor de mãe. Mãe, quem nos deu vida e quem nos ensinou a vida. Mãe, quem nos ampara e nos dá colo. Mãe, a melhor amiga.
Tenho orgulho e tenho amor por ti, mãe. Tenho paz no teu abraço e mesmo nos dias de turbulências em ti estou estável, estou segura. Quando me ensinou a ter forças para enfrentar esses caminhos que por vezes insiste em derrubar-me, sempre grifou a frase: vou sempre estar aqui. E está.
Não me estendo muito, deixo aqui um beijo à todas as mães que por aqui passam e um beijo enorme às mãe dos queridos leitores que estão sempre aqui comigo. E claro, um beijo grande, mãe.

sábado, 8 de maio de 2010

me cansa de vida


a vida me consome
me invade me toma
me embriaga me cansa
e depois de tudo ainda diz: descansa!

a vida me abraça
me ama me ganha
me solta me puxa
e depois de tudo ainda diz: confia!

a vida me é insana
me é mentira me é verdade
me engana me assusta
e depois de tudo ainda diz: esperança!

a vida ainda me joga
me lê me escreve e me força
forçando a vida me esmaga
e depois de tudo ainda diz: levanta!

a vida me dá calmaria
me dá trovoadas me aqueta
me conta me alegra
e depois de tudo ainda diz: viva!

e a vida que me invade
me traz felicidade
me ama e me mente
ainda me dá esperança

e essa vida meio tonta
meio insana e meio santa
me deixa boba me encanta

e depois de tudo ainda digo: me toma!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

senti


desista e deixe
deixe que meus lábios te esqueçam
deixe os meus olhos sem te ver
deixe a minha pele sem sentir

o que eu sinto é vasto
me enche me dói e entorpece
o que seria calma é loucura
na minha alma causa terremoto

me viro e me bato
te perco e não me acho
aonde vou sem ti nada sou
e nada que eu faça te faço voltar


fraca sem rumo e sem mundo
perdida sem ti e nada, me mato
aos poucos perco meus laços
perco o futuro e me perco

sem ti.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

sem manual, me ame


eu que tão pouco sei de mim
que teimosa e cheia de caras
vou à busca de algo sem fim
olhando nos olhos, quebrando barreiras

meu manual quebrado
meu disco lascado
e eu aqui nem penso
em mudar todo o sentimento

os amores e desejos
algo preso bem aqui dentro
e gritado, cantado, falado
me faz muda me faz sonetos

meus livros me descrevem
meus olhos me entregam
e eu já nem sei falar meu nome
de tantos outros, me esqueço

se tens medo por não saber quem sou
se tens medo por não saber me decifrar
se tens medo e não arriscas
é porque realmente não sou quem sonhou

deixei de lado o manual do passado
meio louca, fora de mim
bebi um vinho meio gelado
tonta, me perguntei qual será o fim?

se souberes me diga, me entenda
me decifra, me beba, me tenha
aos teus braços e mesmo sem definição
tenhas enfim, coragem e me ama.

terça-feira, 4 de maio de 2010

De um encontro

"Don't worry
About a thing
Turn off the tv and let the telephone just ring
Let it fly
And walk on by
I'll meet you on the other side."


Uma estrela brilhante que olha por nós. Brilha, encanta e ilumina a infinda noite que veio e me trouxe um gole de saudade. Estou tonta, leve, confusa e ainda com um aperto em meio peito sei que nada é em vão. O céu ainda que brilhe e nos tonteie com suas estrelas passando-nos calma, deixa-nos confusa em sua imensidão e com um desejo que esteja mais próximo. Estou confiante de que um dia tudo irá mudar. Estou esperançosa e ainda, amando o dia, a noite e a vida.
Vou lembrar de cada passo dado e cada sorriso deixado de lado, vou levantar a cabeça, olhar à frente e agradecer. Quero um pouco mais de paz. Um canto meu, uma música calma e um gole daquele velho café amargo que me acompanha. Meus livros, meus papéis rabiscados e os meus velhos sonhos que ainda assombram os meus dias. E como se tudo fosse belo vou caminhar pela rua e ver nos olhos das outras pessoas a esperança. O amor. Que nos toma aos poucos sem nem percebermos.
Um desejo jogado aos céus à espera que as estrelas o tornem real, quero tudo o que possa trazer o bem. Com os dedos cruzados e com as preces de todos os dias espero que ainda seja belo o que hoje me traz angustia. A vontade de mudar o mundo me toma, cansa e enlouquece. Estou quente e as minhas letras ferventes os detalham os meus anseios, que por mais indecifráveis que sejam são ternos e gritantes. Ouçam. E decifre aos poucos conforme me bebem e leiam o que me tem por inteiro. Essa vida, essas letras entre pontos e encontros. Essa fome de entendimento e questionamento. Envolve-me em braços quentes, me torne menos brisa e me diga aonde ir. Aonde sentar, olhar e escrever, só. Só, que eu encontro um caminho e escreva mesmo que sem destino umas palavras desencontradas que me tragam sossego. Que aquietem minha alma e que o sono seja por inteiro. Toda a noite e a noite toda.
Peço um gole que ti, uma gota de paixão misturada com o sossego dos teus olhos e com o riso da tua boca seja feita a minha alegria. Diante da vida e seus momentos, hoje, minhas palavras são gritantes e implorando por algo melhor. Preciso de calma, preciso de um encontro e um bom papo. Um papo, uma conversa em tom maior. Em tom grave. Em grave som. Preciso sentir nudez nas palavras que me falam. Encontre-me.

domingo, 2 de maio de 2010

encontrou-me o riso

E com o tempo passando rápido, minhas horas cada vez mais ficam esgotadas. Sinto alívio por viver. Por menos pensar em ti e mais correr atrás de mim. Estou voando, enfim. Voando em busca do melhor que eu possa ser e em busca dos sorrisos que ainda estão guardados para mim. Estou livre em meus pensamentos e consigo assim viver e planejar o meu melhor. O dia de sol que me olha pela janela diz-me assim: “Voe água da vida - voe, pois tu estás radiante e iluminando a luz do dia”. Eu, em minhas poucas palavras e com os olhos ardentes, porém de tanto brilho e não mais de choros, rio. Rio da minha vida, gozo dela e quero mais. Hoje eu quero mais! Quero sempre poder acordar e imaginar, sonhar, buscar e acreditar que será tudo lindo, tudo melhor do que já se fora.
Ah! Que sorriso lindo que se encontra dentro de mim. Se vissem diriam que estou louca e perguntariam como poderia alguém sorrir com tantos problemas em volta. RIO sim! E brilho! Vou rir, vou buscar mais e mais sorrisos. E assim os problemas ficaram mais fáceis e assim eu terei forças para seguir e diminuir os problemas. O que posso dizer é: RIAM, SORRIAM, SEJAM ALEGRES E ACREDITEM NA VIDA! É assim, nem tão difícil quanto pensamos e um pouco mais simples que olhar para a janela e só ver o céu escuro. Estou dizendo que tenham alegria em viver e amar a quem merece.
Com o tempo esgotado deixo um beijo, um abraço e um sorriso por ter aqui um recanto de pensadores e que usam as letras em união como um todo para fazer com que os detalhes da vida sejam notados. Aqui encontro minha paz. Aqui eu sorrio por ter quem me sinta, quem me entenda e quem me dê forças. Estou feliz. E quero com isso deixar-lhes feliz, também. Fico por aqui e prometo apesar do meu tempo estar mais curto do que nunca, vir aqui sempre. Todos os dias. É hora de estudar, hora de pensar em mim. Beijos e um poema.

nos olhos que aqui vêem
hoje há sorrisos e brilhos
há amores e desejos
há mais do que nunca paz e sossego

meus sonhos ainda vivem
minha esperança persegue
minha realidade ainda longe
me faz alegre e contente

quero ser o teu encanto
teu riso tua fome
quero ser por inteiro
e não somente de canto

vou indo embora e um beijo
deixado em um papel ao avesso
só ligue se não for apenas desejo
quero mais, quero apreço!

sábado, 1 de maio de 2010

Clareou meu dia

Uma gota em meio aos mares de angustias que rondam os meus dias. Um grito interno alto e longo se estende por entre meu corpo trazendo-me medo, dor e receio de correr atrás. Estou sentindo-me pesada, nem um pouco nua. Estou repleta de calafrios e choros encabulados. Penso em mudar os caminhos, penso em trocar as roupas, os discos e livros, em tirar as sujeiras debaixo do tapete e as velharias do armário. Penso em viver novamente e sem medos e com rumo. Tranco-me dentro dos meus sentidos e esqueço o quanto o mundo pode ser bom lá fora, posso libertar minha alma, posso rir sem mentir. E, indo fundo em meus olhares, verão choros ainda imaturos, inacabados e encabulados com pressa e gritando para serem libertados.
Só por hoje eu tomaria teu gosto por inteiro e após, com um mar de arrependimento, tomaria coragem e seguiria em frente. Só por hoje eu chorei. Só por hoje eu esperei. E só por hoje será assim, não irei mais buscar culpados pela dor que há em mim e por fim, não me deixarei ser infeliz. Vou buscar nos olhos de quem está comigo, ao meu lado, o caminho que eu perdi. Me perdi. Vou achar força e nem que seja por um segundo eu irei viver e direi então, estou em paz.
E que minhas palavras sejam lidas, relidas e ditas aos que tem fé. Àqueles que assim como eu, buscam em seus detalhes um motivo, uma razão, para ter paz e sorrir. Não me deixarei tomar por essa dor. O que há em mim pode ser mais forte do que esse ferimento aberto que existe aqui dentro, e vou curá-lo. Essa dor que me toma e me leva aos poucos a um destino escuro terá de encontrar o fim, pois em mim não há mais espaço. Não há mais lágrimas para serem jogadas ao chão.
Não peço para que entendas e nem ao menos que me tenhas compaixão, o que quis era mais forte, era mais belo. E hoje, quero que vá embora. Quero que nem penses em voltar e nem busque novamente o meu olhar. Vou esquecer essa dor e viver. E há quem sente dor peço, por favor, volte a sorrir como um dia já foi, pois vejo agora que não há no mundo nada mais real e importante do que a nossa alegria. E mesmo com o coração machucado e que pareças sem forças, levante-se e siga em frente. Não há caminho sem volta quando se tem esperança e um amor próprio.
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