O silêncio que tanto busco por horas assombra os meus pensamentos. Vou indo sem ruídos, sem inquietações e me perco sem certos estalos que tua voz causava e endoidada eu ficava ouvindo, mesmo que impaciente; encantada. E buscava um silêncio, uma oportunidade, quem sabe, de poder não só ouvir tua voz, mas beijar-te calmamente. Tocá-lo e sentir tuas mãos grandes acariciando minha face gélida da geada que toma conta deste mês de inverno. E hoje penso que aquela voz, que por horas soava irritante, hoje me deixa inquieta é de tanta lembrança. Ah, como seria bom ter-te aqui falante e inoportuno! Queimando essa geleira que se pôs aqui, bem aqui dentro, em mim.
Se minha prosa fosse somente besteira, nem contaria a mim mesma, ficaria muda. Em nada de voz. Se fosse malícia, juro estaria mordendo o lábio como quem não quer nada a pedido; de ti. Se tudo isso fosse simples, tiver-te aqui fosse apenas um estalar de dedos eu o faria. Estalaria mil vezes se preciso fosse. Porém, não é algo de tanta simplicidade. Estou rouca mesmo que calada por gritar, mesmo que internamente por teu nome; por teu colo. Desta forma, sinto no peito uma gota de ansiedade e o resto de arrependimento, se não fosse minhas lamúrias de ti, teria teus olhos encarando-me noite e dia. Estou fosca. Estou. E estar me congela somente aí, sem exigências, existências, rumos e abrigo. Estou solta. Sem vida e falta-me coragem e vontade.
Aumentando minhas lamúrias hoje por não ter-te junto a mim. Vejo a confusão que se tornou esses meus olhares, perdidos em tantos rostos, tantas caras e tantos cheiros, há busca de ti. Confusa, sem saber aonde procurar e o que fazer, fico aqui sentada e escrevo em papéis rasgados jogados ao chão como se fossem lixos rabiscados e sem volta. Reciclados jamais serão, espero. Serão apenas tristezas em forma de pedido – imploro e desejo de ter-te ao lado. De tocar-te a pele clara que envolve todo o teu corpo que preciso ter em mim.
Fico muda em instantes e calo meus ouvidos para que não ouçam nada mais, além das lembranças da tua voz ao pé do ouvindo. Fico aqui, meio louca e meio santa. Fico aqui procurando o teu gosto e enquanto não o encontro bebo da tua bebida, em silêncio.
Se minha prosa fosse somente besteira, nem contaria a mim mesma, ficaria muda. Em nada de voz. Se fosse malícia, juro estaria mordendo o lábio como quem não quer nada a pedido; de ti. Se tudo isso fosse simples, tiver-te aqui fosse apenas um estalar de dedos eu o faria. Estalaria mil vezes se preciso fosse. Porém, não é algo de tanta simplicidade. Estou rouca mesmo que calada por gritar, mesmo que internamente por teu nome; por teu colo. Desta forma, sinto no peito uma gota de ansiedade e o resto de arrependimento, se não fosse minhas lamúrias de ti, teria teus olhos encarando-me noite e dia. Estou fosca. Estou. E estar me congela somente aí, sem exigências, existências, rumos e abrigo. Estou solta. Sem vida e falta-me coragem e vontade.
Aumentando minhas lamúrias hoje por não ter-te junto a mim. Vejo a confusão que se tornou esses meus olhares, perdidos em tantos rostos, tantas caras e tantos cheiros, há busca de ti. Confusa, sem saber aonde procurar e o que fazer, fico aqui sentada e escrevo em papéis rasgados jogados ao chão como se fossem lixos rabiscados e sem volta. Reciclados jamais serão, espero. Serão apenas tristezas em forma de pedido – imploro e desejo de ter-te ao lado. De tocar-te a pele clara que envolve todo o teu corpo que preciso ter em mim.
Fico muda em instantes e calo meus ouvidos para que não ouçam nada mais, além das lembranças da tua voz ao pé do ouvindo. Fico aqui, meio louca e meio santa. Fico aqui procurando o teu gosto e enquanto não o encontro bebo da tua bebida, em silêncio.
13 comentários:
esperar é algo angustiante.
É um belíssimo texto,parabéns!
Tassyane
Vc escreve coisas lindas.Adorei ler.Parabéns!
É complicado esperar por alguém, viver somente das lembranças que a pessoa deixou, sei muito bem. Mas na hora certa vamos perber que viver vai além! :)
Beijos Tassy, boa semana!
Texto muito lindo !
Adorei seu blog. bj
Existem silêncios que falam, são os piores, quase insuportáveis. A ausência de palavras representa a desesperança, o desamor. Existem silêncios que gritam, imploram um pouco de atenção, e nada tem, nada conseguem.
tem alguns selinhos pra você lá no meu blog..
passa lá depois pra pegar :)
beijos:*
Você escreve tão bem, tuas palavras faço minhas para tantas situações distantes e futuras. Adorei aqui, e muito obrigada por me seguir
Nem sei oq dizer, emudeci...
que tudo se renove ou simplismente aconteça.
Adoro ler-te !!
Muito bom :)
olá, tassyane :)
vi que você está seguindo meu blog (ébrio) e agradeço por isso
mas o que acontece e que aquele blog me foi roubado e inicei um outro de mesmo nome mas com este endereço:
www.e-brio.blogspot.com
estou te seguindo e espero que, se possível, você me siga também :)
à propósito, que belíssimo texto :D
Você escreve bem, achei muito bacana.
Eu estava lendo sobre silêncio no blog de uma amiga hoje mesmo, e como eu disse, acho que o silêncio pode ser muito desagradável, eu não curto muito. Mas pior ainda é ficar só
Uau, isso foi lindo!
ah, te fiz uma indicação lá no meu canto.
da uma olhada lá.
Beijos!
Creative mind in proseso!!! Beautiful Mind!!! kisses.
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