''Fechar-se não está com nada , as pessoas são sempre o que de melhor existe .''
(Caio F. Abreu)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Encontrar-me-ei aqui


Desligada, sem ritmo e cores. Desculpem os meus desamores ou como digo: a pressa dos amores. Desculpem se o brilho aqui está perdido. Entendam a falta do meu riso, entendam a minha fome por abrigo. Desejo. Carinho. Sincero e com força. Com dança. Com cor de rosa, vermelho sangue; paixão deveria ser. Faltam-me palavras para dizer o quanto são necessárias a mim essas paixões vai e vem. Não pelo fato de serem vai e vem e sim por serem fortes, marcantes, com a pegada certa de quem me quer. Estou em prantos pedindo um canto, fora desse meu refúgio limitado em letras, imagens e sonhos irreais. Quero mais, entendem? Quero o apego novamente, a vontade de seguir em frente e tocar a vida com cores. Com rimas de amores.
Eu diria que sou à busca diária de algo que só em meus sonhos tornam-se reais. Acreditam? Eu sou uma sonhadora, vinte e quatro horas do meu dia, sonhando e desejando. Eu busco encontrar nos olhos de quem vejo todos os dias, olhos de alguém que me encante por inteiro. Que arrepie os meus pêlos do pé até a cabeça. E não encontro alguém assim. Quero sumir, ser sozinha, ser fiel somente a mim. O que eu não tenho conseguido ser. Traio os meus desejos, valores e sonhos quando compartilho com alguém opostamente racional e emocional a mim. Traio a mim mesma quando me entrego inteiramente a quem não saberá entender os acontecimentos deste meu coração – bobo, por sinal. Traio os sentidos que me guiam e me dão forças, sentidos que acredito, tenho fé e persigo, quando os entrego para alguém que também possui sentidos e fé, opostos aos meus.
O elo que há entre meu emocional e racional são distantes. Possuem ligações que eu desconheço. Não sei lidar. O emocional manda nos meus sentimentos, nos atos, nos pensamentos e até na falta de tudo isso. O racional vai embora, me larga, me deixa aqui sozinha perdida no que mais desejo ou no que mais me faz sorrir. Pior, imaginem, quando vêm os dois juntos, desejo com o que me faz sorrir. Fico tonta, sem saber que caminho seguir. Ironia. Ninguém entende o que se passa nesse coração adoidado, louco à espera de um novo encantamento. Encantador. Seja rápido, seja um lapso, seja falso, seja amor, seja paz, paixão, calor, seja o que for, mas seja! Por favor, seja! Seja um caminho novo para seguir, um novo beijo, um novo abraço, um novo tudo – tudo em ti! Que embriague o meu ser, por inteiro. Sem metades.
Serei amores até o fim dos meus dias, serei fé e esperança mesmo que os dias acabem com todos esses sonhos que possuo. Acreditarei na melhora, na minha vida e principalmente que meus sonhos poderão viver. Ingênua e um tanto imatura. Serei uma mulher perdigueira, como diz Fabrício Carpinejar, não somente para um homem que há de reclamar como todos os outros, entretanto para mim mesma, serei! Cobrarei a mim, sentirei ciúmes de mim e que assim eu sempre dê valor a mim. Primeiramente sempre a mim. Não quero outros olhos meio abertos e meio fechados e uma voz grossa mandando dizer sim, não ou talvez. Quero dizer sim quando desejo. E não quando preciso. Me quero! E espero que eu consiga ser sempre assim. E as cores? Ah, essas voltarão! Ainda irão colorir o meu riso, espantar essa minha falta de abrigo e dar vida os dias que tanto temo.
Só espero, por fim, que a companhia do café e das palavras jamais me falte. Que as letras soltem de mim dando-me paz. E o café? Ah! Esse que seja amargo e quente para esquentar o clima aqui dentro de mim.

8 comentários:

pâற Gαяdєи disse...

Que então sejamosnós mesmos eteramente. Apenas fazendo o que queremos de nós mesmos. Que os outros nos amem, ou não amem tbm. Pode fazer diferença, mas eu me amo mais assim como vc. *.*
Amei seu post..

pâற Gαяdєи disse...

Vamos ser, apenas ser.
Ser tudo que queremos e o que podemos. O impossível está apenas em nossas mão, portanto me dê pincéis para encher nossas vidas de cores, amores, dores e paixões.
^^

Naia Mello disse...

Tem horas que me vejo assim desolada e desesperada por algo novo. Daí somente minhas próprias palavras e meu café me curam de tudo.

Rafaela Cabral . disse...

Que as letras soltem de mim dando-me paz. E o café? Ah! Esse que seja amargo e quente para esquentar o clima aqui dentro de mim. Nossa muuito bonito seu post . Beijos :*

Bia F. disse...

que seja doce!
:)

LARISSA MIRANDA disse...

Que seja doce!
E forte e puro como demonstra ser.
Beijos :*

Vilma disse...

Nossa sabe que eu gostei, um bela forma de defender a necessidade de amar e ser amado sem se rastejar no chão parabenssss

Deysilanne Sousa disse...

Que belo, de verdade.
Um louvor ao amor e à necessidade...
Sejamos!
Seja lá de que forma e procura for.
Muito bom, pois sinto que eu também "encontrar-me-ei" nos seus textos.
Beijos, moça ;***

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