''Fechar-se não está com nada , as pessoas são sempre o que de melhor existe .''
(Caio F. Abreu)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Meu presente



"Eu pensei em escrever-lhe um texto titulado de “Loira de Porto Alegre” mas encontrei uma foto tua perdida pela internet e estavas ruivas, pensei comigo, “Foi por água abaixo o pouco de criatividade que me havia surgido”... Vasculhei, vasculhei, vasculhei, tentei saber de você um pouco mais (benditas sejam as 89 perguntas que você respondeu no seu formspring) que bom que seu nome não é TÃO comum. Achei seu orkut, que não me ajudou em muita coisa, afinal estava tudo bloqueado por lá e acho que você está loira sim, enfim, mas ele me forneceu o teu twitter (ui dô pra detetive) e esse, ah esse deu-me tudo que era preciso, pra escrever algo pelo menos um poquinho bonito. E o melhor de tudo desse amigo oculto foi que conheci o que você escreve e amei. *-*
Minha amiga oculta é a Tassyane Américo do Blog Palavras de Fato.


'Palavreadora' de Porto Alegre

Uma cânceriana de Porto Alegre, de dezoito anos e uma aliança no dedo, de palavras singelas, palavras concretas, que traduzem sentimentos abstratos e nos fazem viajar por caminhos tão conhecidos e ao mesmo tempo tão complexos.
Ela descreve-se Lua e confesso, assim como a lua tens um brilho próprio, e que o transmite aos quatro cantos com as suas palavras, de fato encantadoras e adoráveis.
Se fosse presentear-lhe daria um par de sapatos não sei se saltos, sapatilha ou outro tipo, mas acho mesmo é que desejas um Estojo Egeo Dolce do Boticário e ai que tal? Mas como Palavreadora que é, presentear você com palavras pode ser também agradável.
A gente caminha pela vida, encontra pessoas, escreve pra alguém, conhecido ou desconhecido, escreve e descreve em palavras sentimentos alheios, ajuda, auxilia, conforta, ameniza. Até anteontem eu nem te conhecia, e até hoje você nem de mim sabia, e depois de palavras talvez desejemos ser amigas?

E mesmo que não acredite no pra sempre Querida Palavreadora, saiba que o que se joga na rede fica por aqui pra sempre, e nem que não saibas, porque o teu sempre acabará algum dia, você fará parte sempre da história de um blog com palavras de fato que transmitiram muito ou pouco para outro alguém, veja Caio Fernando de Abreu talvez seja pra sempre e faça parte do sempre do alguém (ou 'alguens') que simbolizará um momento marcante de sua vida, seu filhos podem muito bem ler sempre as tuas e as palavras dele. Mas deixo isso tudo pra tua perspectiva.
Querer sempre ser melhor, evoluir, aprender, discutir, expor e transmitir, não passar pela vida e sim caminhar de mãos dadas com ela, não permitir que o de fora estrague o que existe dentro, colocar pra fora o que há de bom não deixar guardado, 'egoisado' , ser mais pra fora, ser palavreadora, ser intensa , ser sentimento, cheia de orgulho e aperfeição , amar, amar e amar, e dizer por ai como é amar, como é sentir saudades, como é felicidade, nem tudo é tão bom, mas de tudo pode-se tirar o melhor.



E que em toda uma Mutação cheia de Lua e intensidade seja sempre Tassyane Américo, palavreadora cheia de risos bobos, fantasias soltas e brisa leve."


ESCRITO POR: Jussielly Leal DO BLOG: http://juuhls.blogspot.com/

Amigo Oculto


Olá, gente! Bom, vim postar sobre o meu Amigo Oculto e posso dizer que ela é realmente oculta para mim. Pensei em vários jeitos de falar dela e nenhum me parece concreto e pelo pouco que pude ver é puro sentimento. E, como sabem, falar de sentimentos é algo difícil, mas senti-los é especial demais. Portanto, acredito na verdade de quem escreve sonhos, de quem manifesta os seus sentimentos em palavras ou gestos. Sonhos é o que torna a nossa vida realidade. Sonhos é o que escreve a minha Amiga Oculta, Meg, dona do blog: Escritora de Sonhos.

Meg – A Escritora de Sonhos

De ti sei tão pouco e procurá-la nesse mundo virtual é quase um tempo perdido. Desconhecida e conhecida em sonhos que em palavras traduz. Meg, descrita em cachos dourados e olhos de Mar; mar que nos leva e nos traz. Meg com olhos claros que reflete a alma, reflete a vida que nos transmite em poemas e frases pontuadas. Louca de felicidade é descrita pelos que lhe olham e lhe julgam fiel aos que lhe fazem bem. Escreve e parece que escrever a torna melhor, escrever a traz paz. Em seu recanto dos sonhos parece se soltar em volta das letras e colocar ali, naquele “papel virtual”, o que se passa dentro de seu coração e sua mente.
Meg parece ser alguém que transmite calma e sossego. Se algo pudesse der-te de presente, certamente seria um dia de sol, que por menos inspirador que me parece, ele iluminaria teus cachos dourados e refletiria em teus olhos-mar o céu azul de quem ainda vai sonhar por muito tempo. Os dias podem passar e a vida trocar seu rumo, mas jamais será deixado de lado algo que nos traz alegria, por isso digo que tudo pode mudar, mas a Escritora de Sonhos sempre existirá.
Um Natal iluminado e que 2011 seja cheio de sonhos e que muitos deles sejam realizados. Um beijo enorme em ti, Amiga Oculta.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nada mais


"Nada parece igual, nada parece estar da mesma forma que antes. Bom, eu também não gostaria que fosse igual, mas que tivesse ao menos o mesmo corpo, o mesmo toque e que fosse mais atrativo, ou atraente, que seja. Nada mais toca na pele, nada mais emociona e causa os famosos arrepios. Nada mais é como era ou como eu sentia que era. O cheiro mudou, o jeito mudou e as palavras mudaram. E, hoje, a razão é outra – eu sou outra." - Ou não.
Vestido rodadinho e floridinho, cabelos curtos e loiros, com os mesmos olhos, porém não mais com os mesmos olhares. Com um corpo mais brasileiro, com a alma muito mais revigorada e com os sentimentos muito mais à flor da pele. Nada mais é como era antes, mas hoje é tudo mais colorido. É a vida que sorri de canto, é o destino que venta e assopra os meus cabelos, é os olhos da verdade que vejo no coração alheio, é a maturidade que chega batendo, entrando, sentando e tomando um café comigo. São os risos, é a calma escondida por detrás dos meus tumultos. Mudou, mas agora é diferente, agora é de corpo e alma.
Tudo com gostos diferentes e o meu coração sorri. Pula. Grita. Pede mais emoção, busca mais conforto e afronta o que dele o for discordado. Com alma branca, com a voz branca o vento me trás alegrias. Uma mudança sempre gera desconforto, porém é muito boa quando tudo ocorre bem. Deixei de lado as coisas do passado, em breve lembranças ficaram marcadas aqui dentro de mim, mas agora é diferente. Nada mais é motivo de lágrimas. Nada mais é sem coração.
O que foi e é essencial, fica. Sempre fica o que for de total entrega. E em mim o que fica é de puro sentimento, é de total entrega. O que fica é sempre o que nos tocou e mexeu com os nossos sentidos. O que fica é algo que marcou que mereceu ser lembrado e que em mim causou arrepios. Sou assim, toda coração, toda emoção. Sou o brilho nos olhos e a garra de um leão.
É tanta sensibilidade, tantos momentos que ainda enlouqueço. Essa minha mania de colocar coração em tudo, de encontrar razões para ser tanta emoção, cansa. Esse meu jeito de querer rasgar a roupa, colar do teu lado e esquecer o que possa acontecer. Me assusta. Esse jeito que eu tenho de arriscar, de sentir e de ser tão extremista. Me assusta. Mas, nada mais é por acaso. Colocar o vestido que tu gostas pintar a boca, os olhos e esperar o teu abraço, sentir o teu cheiro, te ter ao lado. Nada mais é indispensável, nada mais é sem querer. Pele com pele, coração com coração e um sonho a mais. Sempre há algo a mais, ou pelo menos, é o que eu espero que exista. Algo mais para sentir, acreditar e até mais, algo a mais, para amar.
Até mesmo o sonhar é diferente, causa delírios que eu não conhecia. Algo como desejo sem alcance, como se fosse proibido. E é. Mas, faz sentido os meus arrepios fora de hora, a vontade de sentir tua mão na minha e até mesmo só de olhar nos olhos. De longe. De canto. O coração é sempre um grito mais alto e em mim causa tantos estragos que eu prefiro nem pensar e agir. Meu tempo de calmaria não existe. Sou assim, riscos e mais riscos. Gosto de tocar à alma e ser tocada, gosto que me causem borboletas no estômago e que me deixem sem chão, gosto de tudo que posso me fazer flutuar e esquecer o superficial. E o que não toca, o que não risca o peito, não lateja o corpo, não estremece o corpo e não me assusta – infelizmente – não me toca não me chama atenção e, muito menos, me faz delirar. Sou mais os riscos e os sentidos, e claro, tudo que me faça ficar apaixonada, encantada e arrepiada.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sentidos


"Transfere pro meu corpo
Seus sentidos
Pra eu sentir
A sua dor, os seus gemidos
E entender porque
Quero você!"
(Zélia Duncan)

Coisa de pele, coisas de um coração à moda antiga e certas coisas impossíveis de explicar até mesmo a mim. Uma loucura, os pensamentos fogem do controle e tudo o que eu mais quero: sentir! Sentir que o mundo pode acabar amanhã e que hoje é só mais um risco, só mais um frio na barriga e que esse pode ser o último. Me muda, me transforma. Tudo isso me causa delírios.
Pensar nos caminhos cruzados, nas nossas linhas tortas e todas as coisas que mesmo não querendo me levam até ao teu olhar, tudo isso acaba comigo aos poucos. Me dói sentir. Me alegra sentir. Não entendo, mas sinto numa imensidão que me cala. Me acalma. E posso até estar perdida, estar sem rumo, mas estou sempre aí contigo. Estou sempre no teu coração e sempre sorrindo, pra ti.
Mudança de planos, de vida, cabelo, roupas. Mudança de cores, risos e cantos. Mudança de discos, livros e cortinas. Mudança de alma, de tudo. Mudança de ti, de mim e de nós. Algo no meio não permite por mais que se sinta. Algo no meio nos impede de seguir adiante e limita o teu sentir do meu. E o que o risco te traz? E o que ele te faz?
Um gole de algo forte e amargo. Um gole de desapego e algo gelado para tirar de mim o desejo. Apegar, pegar, sentir e cheirar. Casos e um pouco menos de acasos para mim, por favor. Me traga o que mais deseja, me dê em imensidão, me dê em intensidade. Me tome em um gole só e não respire, não tire teu corpo, teu cheiro, teus olhos e teu pensamento de mim, pelo menos não essa noite. Não hoje. Fique comigo até o sono chegar, me beba, me invente palavras e minta se necessário for. Mas, fique aqui comigo até meus olhos não agüentarem te olhar.
Troquei a roupa de cama, troquei minha roupa, troquei o perfume e até mesmo o jeito de andar. Mudei até mesmo a voz e nada disso mudou o que ainda ficou aqui, no coração. Ela cor-de-rosa e ele com o preto básico. Ela de olhar baixo e riso escondido e ele olhando para o lado como quem diz: me olha. – Me olha! Só por hoje, me sinta aqui.
Como os meus sentidos me fazem viajar, como tu me causas pensamentos que nem mesmo eu os conhecia. Como sou vulnerável aos teus encantos. Ainda que o tempo não pareça ter passado, eu caminho para longe e estarei ainda mais perto dos teus beijos ao amanhecer. Colocarei os olhos em ti e sentirei tudo reviver. Re-viver. Como se eu estivesse descobrindo ali, naquele momento, o que é realmente estar viva. E sentirei, prometo a mim mesma. E quando sentir, eu sei, tudo vai ser diferente. Tudo será cada vez mais intenso. E eu vou amar sentir tudo isso.
Meus arrepios serão todos teus, nem que seja em sonho, nem que seja em pensamento, nem que seja em outra vida. Eu vou indo, embora, sem cantar a nossa música e sem dormir ao teu lado. Eu vou indo porque é preciso acordar, é preciso viver mesmo que a noite esteja boa, mesmo que ela pareça não ter fim. Eu vou indo e o que eu sinto sempre ficará. O que eu sinto nunca irá mudar.

sábado, 4 de dezembro de 2010

e o que eu faço?


me prende e me deixa
tão solta tão tua
que me faz ficar confusa.
entre corpos e soluços, te busco,
te caço e ainda me engano.
teu jeito de não saber o que fazer
e faz tão bem que ainda me mata.
me enrola como quem quer e não quer,
e me tem como quem nunca quis nada mais.
coloca no colo, dos pés à cabeça, me enlouquece.
me mente, me tira do sério,
mas ainda é tudo o que eu mais quero.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

De presente: tu.


Um homem alto, com cheiro de roupa limpa misturada com aquele perfume amadeirado, costas largas e mãos grandes. Um homem com os melhores defeitos do mundo, um homem que apesar dessas idas e vindas do meu jeito inconstante, tenha fé. Me encha de fé. Me faça querer ter paz, sempre em paz. Um abraço quentinho, acolhedor. Um toque gostoso, um beijo molhado. Teu cheiro no meu corpo e tudo que me faça perder o chão. Todas as noites.
O que eu sinto me confunde, me faz perder o chão e delirar. Nossos caminhos cruzados, mal alinhados e sempre persistentes. Nossa vida juntos, eu e tu. Nossa vida sem estarmos juntos, nós dois e lua. Meus pensamentos sempre recorrem aos teus, mesmo sem querer ou por querer, provocar. Meus desejos são fortes, quentes e me tiram desse mar de calmaria que eu vivo. Eles me provocam, eles te provocam e te deixam cada vez mais comigo.
Teus olhos que te entregam cada palavra dita por ti, que te torna cada vez mais meu e eu, que negando ou não, estarei sempre aí, dentro de ti. Se soubesse o quanto é gostoso esse meu sonhar por ti. Se tivesse noção do quanto eu sinto aqui em meu peito. O sorriso nunca esquecido ainda marca minhas roupas, meu corpo, minha vida, minhas lembranças.
Meu coração balança e não engana. Borboletas no estômago e essa louca vontade de mais um toque.
Um presente assim e os arrepios são feitos, um presente assim me faz perder a cabeça. O que eu quero ainda não há explicação, mas o que eu desejo é ainda só emoção. Minha razão perde os sentidos quando a alma grita e eu imploro um pouco mais desse teu sorriso. Um gosto marcado, um choro trancado e o que ainda não veio, estará por vir.
Meu presente é o amor com cheiro, com gosto e co toque. Esse amor sem razão, essa coisa maluca de sair porta a fora e te sentir em cada instante. Esses sentidos escondidos por tempos, por horas, por momentos em que nada podia ser feito. Esse é o meu melhor presente, te presentear com o meu gosto. Com o meu sentir. E de tanto sentir me faço inteira. Inteira por ti. E que de amar demais me faço risonha, por tentar encontrar em tuas costas largas o caminho da felicidade.
E o que tu queres de presente? E o que tu queres para a tua vida? O que te faz sonhar? Meu cabelo comprido, minhas mãos pequenas, meus risos escondidos pra ti ou a minha vontade maluca de estar por perto. Sempre perto, cada vez mais junto?
Meu pedido sentimental, meus desejos escondidos e sempre tu em minha cabeça, em meu coração. E por que tudo é assim? Com tanto sentimento, com tanta intensidade, com tanta emoção. Me perco pensando, sentindo e querendo um pouco mais de ti. Me perco em teus encantos que por mais loucos me encantam tão bem. Me acho cada vez mais em ti, nos teus olhos e palavras. Me encontro em cada dia que passa mais ao teu lado do que em qualquer outro lugar.
E por mais sem chão que eu esteja contigo, por mais sem noção que eu possa parecer, não negue que sente. Não negue que balança esse meu sentir todo, aí, no teu coração. Pode até ser devaneio, pode até não ter sentido, mas o meu presente é esse, teu cheiro comigo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

o que a chuva me traz



que me traga um pingo frio
um beijo e um calafrio.
e esconda entre o riso
o teu abrigo, o teu sentido.

me traga uma gota leve,
um cheiro breve,
um gosto de quem esteve
ao lado e estará sempre.

não negue,
enxergue, sinta e mais que isso
me faça ser presente,
se entregue.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O dia de sempre


Deitada e rolando de um lado para o outro. Ouvindo Train e pedindo aos céus que o sono, sem sonhos, venha logo. Como boa canceriana, tenho aqueles sentidos despercebidos de ficar pensando em mil coisas antes dormir o que resulta em uma pequena insônia. Eufemismo. Dentre todos os pensamos: Tu. Tu que enrola meus pés à noite pedindo carinho. Tu que me tomas em teus braços largos como se eu fosse um ser indefeso, como se eu não fosse. Tu que entendes meus demônios, minhas feras, meus risos impulsivos, meu modo de falar e essa minha liberdade toda. Tu que encontras em mim um porto seguro quando na verdade o meu porto de seguro não tem nada. Tu que esteve ali dia e noite, abraçou, chorou, gritou, pediu e me tens, ainda que soluçando, me tens. Inteira, sem metades, sem empecilhos. Com maldade, com amor, com vontade. Tu que me encontras na sexta à noite e me abraça de um jeito tão louco que me faz sentir, (t)nua.
Eu tomei as tuas dores, tu tomastes os meus medos. Acreditou nos meus murmúrios e passou a mão sobre meu corpo como quem diz: Vem, te dou abrigo. E quando eu vejo, ali estou, com a cabeça deitada em teu colo pedindo, por favor, mais um pouquinho. Mais um cheirinho. Eu com os meus calos nos dedos, no coração, na cabeça e mesmo assim, hoje me sinto contente, te tenho ao lado, em cima, atrás, comigo. E o que quiserem falar, que falem. Sou eu, aquela destemida, desnuda, sem letras e sem nome se preciso para honrar o teu nome, caminhar ao teu lado, não deixar nenhum encosto, nenhum medo bobo te tirar de mim. Sou aquela que eles querem, que elas temem e que tu tens nas mãos, nas pernas, nas costas. Tu tens, me tens aí contigo.
Mentiras, Carícias. Caminhos, larguras. Perfumes, delícias. Nossos ritmos sempre em conjunto por mais distantes. Tu. Tu guri que me irrita que me tira que me engana que me ganha que me teme que me treme que me lambe que me invade que me vence que me leva que me ama. Tu guri que eu sinto de longe e me fascina. Larga esse medo de me ter inteira, eu venci os medos do passado para te ter aqui e agora, eu te tenho como quem quer por uma vida inteira, como quem não deixa por um segundo o abrigo. Larga esse jeito medonho de querer caminhar na vida, sozinho. Larga esse jeito de não querer ter alguém contigo para te tocar ao amanhecer. Larga de querer uma noite e ganha todas. Larga esse perfume de noite e volta pro rincão, volta pro chão, volta para o meu colchão.
Não peço segundos, não peço que tenhas contigo como um refúgio das noites de solidão. Quero mais, tu me deu esperança, tu acalmou o que em mim havia de mais inquieto. Tu tocou meu coração e se tocado ele foi, ele sentiu, gostou e aqui está pedindo o que tu prometeu. Não tenhas medo do que há em mim, eu posso mostrar que tudo o que havia aqui, passou. Não tenhas medo de tocar o amor, eu irei aonde for para mostrar o quanto eu quero mudar o que passou e viver contigo o dia de hoje. O dia de sempre.

Caixa de retalhos.


O que passou ficou lá, no passado. Não seja lembrado, não peça que o meu coração relembre o que se foi. Esquecido. Empedrado. Sem volta e sem querer. Esqueça! Esqueça o cheiro, as mãos entrelaçadas, esqueça tudo o que possa lembrar o meu jeito. Esqueça o que disse e o que não foi dito. Esqueça o tempo não volta. O tempo não mente. O tempo não esconde. Esqueça!
Tudo pode acontecer. Tudo acontece minuto por minuto. Eu e as minhas fases, tu e os teus milhares de detalhes. Eu e os meus impulsos e tu com os teus cálculos perdidos, cálculos que não fecham com os meus sentidos. Sentir. Tocar. É mais do que simplesmente somar números exatos. É mais do que um mais um, é um amor e milhares de desejos misturados. É mais do que querer e simplesmente estar junto, é se entregar de corpo, alma e todos os sentidos.
O amor nos toma aos poucos, o amor é nosso e de mais ninguém, o amor não é um número somado, o amor é o teu cheiro. O amor é o gosto do teu beijo que não será esquecido. É tudo o que qualquer um precisa e quer, é aquilo tudo junto que se tornam mais do que uma simples admiração. E querer estar junto é muito mais do que simplesmente estar do lado de alguém, é fazer por merecer ter alguém ao teu lado.
Mas, o tempo passou. O cheiro muito, o toque foi trocado e todos aqueles momentos foram deixados de lado. Deixados de canto. E mesmo que eu esteja mentindo um dia irei acreditar nisso tudo. Um dia o passado será, enfim, enterrado. O amor é dor, é sentir e chorar. O amor pode ser mais que tudo no mundo, o amor pode ser grande, imenso. O amor é o ar de todos os dias e por isso digo e repito: ele merece estar acima de tudo, ele não merece ser largado e deixado para depois.
O tempo vai calar tudo o que possa ter acontecido, o tempo irá renovar os ares e trazer prazer, cheiros e beijos. O tempo trará o sorriso, trará o brilho, trará o sol. O tempo é cada novo dia vivido sem o que ter o que possa voltar.
Me soltei, me deixei viver e sorrir.
E esses nossos soluços ainda serão transformados em borboletas que sairão voando mundo a fora. Borboletas amarelas voando em um céu azul. Céu limpo e lindo. E que não me venha com recordações, não me traga os teus retalhos, pois aqui há somente o que vive, o que sonha e o que acontece hoje. Para retalhos não há espaço.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Depois da meia noite


Depois da meia noite o sono vai embora e a carência aumenta. Os segundos passam lentos e a vontade não passa nunca. Depois da meia noite os olhos ardem e o coração reclama. Depois da meia noite o que era saudade se transforma em todos os sentimentos ruins do mundo para que aquela saudade seja esquecida e que o sono venha logo. Depois da meia noite rezamos o terço inteiro umas dez vezes por pensarmos tantos pecados misturados. Depois da meia noite o coração e a razão não se encontram. Depois da meia noite o superego falha, o ego some e o Id nem existe. Depois da meia noite os pés sentem frios, as mãos sentem cócegas e o corpo desejo. Depois da meia noite o que era amor vira loucura, vira carne, vira ódio, vira tudo. Depois da meia noite pensamos que tudo acelera quando na verdade o corpo fica lento e o que acelera é no peito, são os pensamentos, os arrepios. Depois da meia noite o que queremos é um cheiro no pescoço, um pé roçando junto ao nosso e aqueles olhos fechados no travesseiro ao lado. Depois da meia noite o querer foge de nosso controle e o que é pensamento acabamos por confundir com a realidade. Depois da meia noite ainda vem a depressão das 2, a hora do choro, a hora do riso, a hora da fantasia, a hora do desejo, a hora da música, a hora de pensar e sonhar acordada. Depois da meia noite acontece tudo o que não deveria acontecer dentro do coração de uma mulher. Depois da meia noite o perigo atordoa. Depois da meia noite os instintos são mais fortes que qualquer pingo de razão perdido antes das vinte e três horas e cinqüenta e nove minutos. Depois da meia noite é rasgar as cartas, cortar as fotos, jogar os presentes na janela e depois de tudo isso querer pegar tudo de volta, montar tudo outra vez e imaginar como tudo poderia ter sido diferente. Depois da meia noite a vontade de reconcertar os erros do dia anterior e ter a certeza que na próxima vez que o relógio marcar meia noite, tudo aquilo acontecerá novamente. Depois da meia noite qualquer música dá vontade de chorar e qualquer homem dá vontade de matar. Depois da meia noite o descontrole rola solto no corpo de uma mulher. Depois da meia noite rasga-se a roupa nova de duzentos reais e ainda joga-se fora o sapato lindo que a gente tanto ama por uma transa qualquer, com um cara qualquer, com um nome qualquer e que usa uma roupinha qualquer. Depois da meia noite o que a gente espera de um amor eterno se parte em quatro, fica dilacerado, quebrado ao chão sem juntar os cacos. Depois da meia noite a maquiagem começa a falhar, os beijos começam a faltar e as pernas começam a tremer. Depois da meia noite é a pior hora para conversar sobre amores. Depois da meia noite a decepção de uma vida intera pesa mais que a cruz de Jesus Cristo. Depois da meia noite, com os olhos ardendo, com o queixo tremendo e aquela louca vontade de uma rapidinha bem feita com o carinha sem nome do lado, é que a gente vê o quanto somos fracas depois da meia noite. Depois da meia noite, depois da depressão das 2, dos arrependimentos das 4, dos choros soluçados das 5, vem a alegria do clarear de mais um dia às 7, quando finalmente chega o sono das 8 e aqueles momentos que rolaram na cabeça são esquecidos por mais um dia e são transformados em uma cansaço enorme durante o dia. Mas, não pense que depois da meia noite do dia seguinte os pensamentos tolos e sem-vergonha-alguma não irão voltar. Depois da meia noite todos os dias são iguais. Depois da meia noite a mulher perde o sapatinho de cristal.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sentido aguçado, adocicado.



- Quem é o moço de azul?

- É o sonho de consumo, de vida, de morte.

- O que ele tem? O que ele faz?

- A questão não é essa, é o que ele É!

- Como tu sabes o que ele é?

- Eu não sei, eu sinto.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O que vale a pena sentir


Voltando ao mundo que me sorria senti o alívio dos olhos alheios que por tempos estavam guardados nesses espelhos sujos do mundo corrido. Os meus olhos sorrindo alto, sentindo a emoção de estar quente, com sonhos renovados e mais que nunca o beijo enlouquecido dos lábios aveludados daquele leão. Não esperava mais amores e muito menos sorrisos que me fizessem contente. Eu estava só e isso era o que importava naquele momento ou não importava e eu só queria me passar por uma criança revoltada. Esperar era o ápice do estresse, o que me causava gastrites, choros e desgostos. Esperar me era pior que ser mordida por um cão raivoso. Era o caos. Confesso, passou tudo isso. Voltou à calmaria, voltou os olhos imersos de ternura e aquelas vontades todas de viver uma vida melhor com risos e abraços afetivos. Não sei viver nessa constante falta de sentimentos. Os olhos dele me encheram de confiança, me entorpeceram e eu quis mais que nunca ter uma vida. E aquilo tudo que duas pessoas fazem quando sentem que estão amando. E, depois de tudo eu senti que vale a pena se entregar e deixar que tudo aconteça como deve ser. Eu senti que era ele. E nada mais.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O que há em mim e ninguém viu


Tirei o véu, a máscara, e o tempo passou. Estou aqui calada e ao mesmo tempo com o coração aberto. E eu, que sempre soube de mim me vejo singular e contente, me vejo com asas e risos. Coisas que os riscos me trazem, que o som me cala e os olhos me falam, sem traição ao que é meu, sem inquietudes do meu ser. Com pernas bambas, coração pulsante, sangue escorrendo pelo corpo e o desejo, esse que me mata aos pouquinhos e acedia o teu pensamento.
Sou pele, sou simples, sou gata e com isso me faço, me crio e recrio. Penso nos olhos, na pele, no cheiro e deliro, contudo sou minha. E me ganho aos pouquinhos, me descubro em cada ninho largado ao sol, sou da cor do verão e quente como ele me fez. Não escondo o sorriso por pior que seja e nem ao menos, me entrego ao que não tenha essência. Me abro, falo e desabafo, sabem bem como me ter na mão, sou fácil na hora, não prenda! Me largo aos encantos das tuas costas largas e sonho. Mas sou minha, talvez ela-puta, talvez ela-santa, talvez um pouco mais dessa minha esperança de ouvir o coração alheio não ser condenado a uma prisão perpétua. Meu amor é tão livre e puro, minha paixão incendeia, vira brasa e até mesmo me pinta e me cansa, mas não sou do único, eu sou do mundo e assim me ganho. Não largarei os ideais, não despejarei as minhas idéias ao vento, não serei um pronome possessivo de ninguém e tampouco de alguém.
Eu e minhas ladainhas e que venha o que vier. Ganho o mundo, faço tudo o que for para poder sonhar. Voarei aos quatro cantos, pegarei os encantos, te farei ser meu canto quando a noite chegar. Vou à lua, vou a Marte e lugar algum serei posse. Minha cama, meu espelho e nos meus olhos vejo o retrato de uma liberdade contida, guardada no peito de alguém. Livre com gostos e rostos, livre com olhos e choros, livre com risos e beijos, tão livre que os olhos a prendem.
O mundo me esmaga aos pouquinhos, espanca o coração e mata os sorrisos se não houver liberdade, o meu mundo não é de ninguém, o meu mundo é o que eu espero de alguém. Esperança que eu busco dentro de mim, de dia e de noite. Sou gotas de chuva no calor do peito de alguém em que um dia tocará meu corpo e sentirá o coração de alguém com lembranças, alguém com risos que durante tempos ficaram escondidos e hoje se fazem contentes.
Sem cobranças, sem algemas e o que eu espero é um pouco mais de esperança, um pouco mais de lembrança e um coração latejando. Espero minhas pernas tremerem, o estômago com frio e o meu peito sorrindo. Espero nos olhos do mundo uma vida feliz.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um temporal em mim


Incrível: de manhã atordoada com o sonho da madrugada e de noite entediada dessa vida sem riscos. Calmaria que a tinha hoje a deixa desesperada, pedindo, por favor, um algo a mais ou simplesmente que ela seja algo a menos. Que toda essa intensidade seja diminuída, que suma por instantes, pois preciso dos riscos. Preciso me sentir em uma montanha-russa, pois a roda gigante está girando devagar demais e isso está me causado náuseas. Estou me sentindo parada, confusa e fora de mim. Necessitando de risos, de cochichos, de toques e algo sem muito apego. Estou enlouquecendo vendo em outros olhos os sonhos a que tenho vivido. Meus momentos de intensidade e apego estão ficando de lado, a monotonia a qual ando luta contra a água fria que estou buscando. Estou cansada de rotinas, meia-boca, beijos ritmados e sem vida. Estou cansada de fingir ter quarenta quando vivo aos dezoito e minha pele pede perfume forte e marcante, os meus olhos pintados durante a manhã envolvem quem passa quem olha e sente ao fundo os olhares marcados em preto-fosco-paixão.
Coisas de novela, coisas de alma e coração. Quero um pouco mais de emoção, subir o morro mais alto e gritar a mim, somente a mim. Estou sozinha durante o sol e sinto paz, sinto que sou feliz, porém essa felicidade busca uma contemplação. Minha felicidade sonha com sorrisos, gargalhadas e aquele tom: “não quero nada”.
Minha meiguice, meu excesso de emoção e coração estão necessitados de algo fervente, com cheiro de alecrim, gosto de Almadôvar e aquele toque de cetim. Rosas vermelhas, velas vermelhas, incensos intensos com descrição atrás assim: “atrai paixão”. Esse é o que largarei aos quatro ventos e quem quiser o mesmo, vá atrás. Eu não sou água parada, preciso renovar, seguir e chegar ao mar. Com um, dois, três ou dez olhares distantes-presentes, preciso de um pouco mais de tudo e menos apego ao que não me tira o sono. Insone, fora de mim, precisando me sentir a flor-da-pele.
Eu encontro os perfumes nas ruas por onde ando, sempre tive essa tara pelo desconhecido e por esse perfume misturado de tudo o que passa por mim. Sem cantadas baratas, sem beijinhos de nada, o que quero é algo que toque, arrepie e se perca do tempo. Quero algo que me tire os pés do chão, que me arranque os pedaços e me cause frios internos. Meus momentos de calmaria estão esgotados, sem ingressos à venda. Perdeu, achou o caminho e chegou o tsunami, quero estragos e mordiscos. Algo suave e dolorido. O que eu quero nem mesmo eu sei, só sei que o rio tem que andar e o vento o trará redemoinhos.
Enquanto isso, um sonho, um livro, o sol e os carros andando tão de pressa que nem os vejo, nem sei quem passa por mim. É assim, o vento vai e vem, as horas vão passando e vontade aumentando. Seguirei em busca da ventania.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mulher-macho, sem razão


Não sou de fingir e enganar o que meu coração pede. Sou franca por mais que eu tente esconder os desejos e ânsias do coração. Não engano e não me faço, sou mulher-macho e não recuo da briga, por mais difícil que meu coração tente agir. Me manda e me consome, me come e por vezes ignora o meu pensamento arrojado. Penso e ajo ao contrário, fujo e tento não sentir o que me vem atento. Atentada, mulher atenta. Ama e rema contra o que o coração pede e implora praticamente se ajoelha aos meus pés pedindo: “Ei! Por favor, faça isso senão pararei de pulsar. Tu vai ver!”. E eu tentando não sentir e não fazer resisto, meu bem. Finjo pra lá e me perco, às vezes, de mim. Falsa tentativa, nada deu certo, e coração veio mais uma vez enlouquecer a minha razão, veio me tirar da sanidade e me mostrar novamente o quanto dói amar e se entregar aos anseios do coração.
Agindo com o coração eu engano, arrependo, sofro e no final, sempre aconteço. Sou mulher-emoção, tenho vermelho sangue e fervente correndo em mim e rezando, sete terços inteiros por ser sempre um coração verdadeiro. Pedindo loucamente para que a razão fique longe, esse coração me tira do sério e me esvaio em lágrimas. Mulher feita dos sentidos e fantasias acredita e sonha como uma criança vive como se tudo fossem rosa do jardim – não é, boba! As rosas têm aqueles espinhos que doem os dedinhos e mais, assim é a vida. Com espinhos que doem na alma. Ferem e interferem no meu coração, na minha alma e nos meus sentidos. Espinhos da vida, do coração e por mais doloridos sempre agem e me fazem correr atrás pelos sentidos e deixar a tal razão à esquerda.
Mulher-macho, forte feito onça, briga feito fera pelo que o coração anseia. Não se entrega ao que não é desejado, não se faz contente com que não for justo e não mente para ver o coração alheio sorridente. É verdade, é mulher forte e safada. Corre atrás e não se cansa. Pega na mão o seu coração e o protege com unhas e dentes. É linda, é façanha. É todo coração e sem mente, por mais que queira. Sorri para toda gente e a emoção sempre se faz presente.
É assim, dias nublados e turvos. Coração calado e inquieto. Horas de tensão e tesão. Mulher que em certas horas colore o preto e branco com um pingo de esperança. É ela, essa mulher com gosto de felicidade que ainda assim chora e sofre. É ela, mulher com gosto de solidão que ainda assim está sempre ao meio da multidão. Mulher faceira e tristonha. Dias de cores e dias ofuscados. Sempre indo e vindo, sempre rindo e fingindo. É ela, que o coração atenta e que a razão a esquece. O coração é quem manda, não adianta falar, pensar e o que for. O coração a sustenta em pé!
Mulherzinha com nervos a flor-da-pele, irradiando os dias, cantando emoção, falando de amor e desamor. É ela, mulherzinha pequena,coração grande e, muitas vezes, sem razão de tanto coração.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meio anjo-diabinho


De manhã aquele sol bate na janela e eu acordo ouvindo barulhos, ruídos, pessoas falando como doidas. Eu confusa e um tanto perdida nem sei onde estou e o que fazer depois de tudo. Escovar os dentes, vestir aquela roupa da noite passada e os tênis jogados no canto da sala e pronto, saindo para caminhar, pensar e ver aquele sol todo raiando lá fora. Dia quente, eu na rua sozinha e a cabeça voando. Estou enlouquecendo e mudando. Olhos pintados, cabelos arrumados, salto alto e aquele meu velho e lindo batom nude, saindo na rua ouvindo mil e um casos contados aos detalhes daquelas pessoas desconhecidas paradas na esquina. Tonta e linda, uma rainha meio sonsa, uma princesa meio louca e uma mulher, típica mulher em seus dias de transação, em pleno momento de fusão. Andando, feito dona moça, sapatinho lindinho em seu pé trinta e três causando dores e estresse, e por dentro aquela velha menina de sempre com seus tênis correndo na rua fugindo da sombra que a assombra. É tudo assim, os dias vão e vem, o sol vai e vem a lua e o que era ontem se torna rapidamente hoje e o antes é esquecido, trocado pelo que é agora. E eu, confundida? Meio louca e meio certa vou tentando me ajeitar e deixar pra trás o que já se foi. Assim mesmo toca a vida a menina-mulher-tonta-rainha, tudo isso em uma só como se fosse várias mulheres enlouquecendo e a beleza se desfazendo. Agindo como uma bela de repente a fera toma conta e o que ela angelical se torna um diabinho – como aquelas velhas figuras, de novela, do lado direito o anjo mostrando o bem e do esquerdo aquele diabinho sem vergonha induzindo ao avesso – ela se cala, sorri ao diabinho com cara de “to afim”, porém aquele anjinho a deixa em dúvida. O que seguir? Estou confusa. Como quem pede um algodão doce eu tomo meu mate amargo e fico pensando e cada vez mais pirando. Estou até virando gente grande! Impressionante a minha alto-confiança em viver essa vida adoidada, se fosse há algum tempo atrás certamente eu gostaria de ser abduzida ou, em nossa boa e típica língua, fugir desse tempo corrido e dessa falta de atenção aos que estão em volta. Mentiras e caras-de-pau, vejo isso à volta durante o tempo todo e essa elegante rainha raivosa e anjinha fica sem saber o que fazer. Coisas bobas, fúteis e eu no meio feito aquele jogo de criança em que sempre tem o “bobo”. Mas, continuo elegante, linda e delicada, por mais que me falte, muitas vezes, a paciência. Sou essa bela e fera que esconde quando precisa o seu lado mais feroz. Gata selvagem e por vezes sei ser domesticada.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Personagem real nos contos animados


Vestida como quem não quer pegar frio eu saio de casa à procura do sol. Caminho e tem horas que até sorrio ao céu e ele me sorri disfarçado. Eu e minha sombra andando e andando para buscar sorrisos nos outros e no que pareça simples e sem vida real. Com cara de menina-moça, de criança danada e curiosa por um novo doce, brinquedo e o que for, sou eu subindo as escadas e olhando a prateleira da esquerda aonde se encontra aqueles filmes de: “Era uma vez...”. Eu, feito uma criança encantada com o que me veio aos olhos – Pronto! Estou voltando aos dias de conto de fadas. Estou voltando para os meus sonhos guardados. Lembrando, buscando e querendo sorrir com o riso dessas animações e ver algo de bonito. Sentir uma história vencida em que o final é sempre feliz. Sim, eu não canso de pensar que o final sempre é e será feliz! Com um beijo de acordar a Bela Adormecida que há dentro de cada um de nós e até mesmo com a maçã envenenada dada a Branca de Neve, que no fim tudo fica bem, tudo passa e a vida continua com um sol radiante e sorridente aos meus olhares. E o que possa parecer inerte em minha vida é algo lindo, é uma felicidade imensa e um conto real em que há montanhas, pedras e até um buraco, porém quando chega à hora tão esperada a felicidade se faz presente. E eu sorrio. Sorrio pensando naqueles dias em que o sorrio de quem está perto é o que pode fazer a diferença. Sorrio pensando em que um sorriso egoísta é sem vida perto de um sorriso compartilhado. O meu sorrio só brilha compartilhado, só brilha com um sorriso verdadeiro. Minha vida é conto exagerado, é um conto com mil e uma paginas, com páginas de suspense misturadas com comédia e bons – ótimos – pingos de romance. Vou ouvir alegria, gritar alegria e o que mais for preciso. Vou mudar de caminho, chegar a todos os meus destinos como em meus desenhos de mentira-real. Vou invadir vários mundos, encantar cada coração distante e encontrar o rumo do que possa ser como nos filmes, um final feliz. Felicidade diária, felicidade que sempre deixa com um gostinho de quero mais. Quero uma felicidade assim e quero que todos tenham também. Então, saí da locadora e desci as escadas, andando pela rua fria pensei a quem dedicaria um sorriso instantâneo e pensei em quem faz meu coração bater acelerado e cada toque de telefone me faz sentir surpresa. Nesse frio todo, pensando em um coração distante e em um sorriso presenteado ao teu amor, me vejo cada vez mais contente. Estou nesse frio, porém estou quente e rosada. Estou como nos meus desenhos inocentes, enamorada. Como foi antigamente na minha infância agitada, com um coração enamorado por aquele primeiro amor, estou sorrindo e suspirando feito uma tonta. E fico contente, minha vida com inúmeras páginas e para cada uma delas uma personagem diferente e em todas essas, eu. Sempre mudando, sempre correndo, sempre buscando e rindo para a vida.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O tempo e o vento


Gosto de lembrar do tempo;
do tempo em que o vento me parecia mais leve, mais simples e mais fresco.
Gosto de lembrar do vento;
do vento em que o tempo era somente alegrias, em que o tempo beijava o vento sem intenção de esquecimento.

Quero viver no tempo em que o vento me faça sonhar, me faça sentir e assim ir mais longe me tornando leve.
Quero o tempo em que o vento não me traga somente saudade e sim presença.
Gostaria que este vento te deixasse junto a mim em todos os momentos e que o tempo se fizesse maior para o beijo tornasse-se o vento que por mais lento está sempre aqui.


E vocês o que gostam de lembrar?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quem (não) precisa deles?


Passei horas lendo opiniões de mulheres que pensam não precisar de um homem (o que para mim é um absurdo). Por sorte em uma das minhas buscas encontrei um texto de um rapaz que fala exatamente sobre isso, não defendendo o seu sexo, mas mostrando para nós mulheres o quanto é ingênuo pensar que não precisamos deles. Ah, como é bom aquele café na cama, aquelas flores que recebemos sem motivo algum, aquela voz grave no telefone querendo saber sobre o seu dia e pensando bem, como é bom ter um homem no sofá da sala olhando o futebol irritadíssimo por seu time estar perdendo ou felicíssimo por estar ganhando. Porém, a mulher sempre acha um motivo para colocar a culpa no homem. Não adianta dizer que não precisamos, é a mais 'pura' mentira! Podemos não precisar na nossa vida profissional (mesmo precisando, nunca iremos admitir), mas e quanto aos nossos sentimentos? É impossível que não haja uma mulher que pense no quanto é bom ter um parceiro, um companheiro para as horas mais difíceis e aquelas de prazer. Então, pergunto: Quem não precisa deles? Pensem um pouco, é difícil conviver com um homem sim, mas para eles também deve ser muito difícil conviver com uma mulher. TPM (só essa já bastaria) e além de agüentar a tal TPM ficar no mínimo uma semana sem sexo, com estresse no trabalho e mais, estresse em casa. Agüentar a mulher brigando por falta de dinheiro, que por mais que tenhamos nosso trabalho, nossa independência (como todas falam) e nosso dinheiro, sempre vamos exigir que ELES paguem as contas. Até porque nosso dinheiro é só para as NOSSAS coisas, tais como, sapatos, bolsas e roupas naqueles dias de TPM em que só queremos ver na nossa frente um shopping. E quem agüenta tudo isso? ELES! E ainda falamos que não precisamos deles? Poxa! Por mais que seja difícil para uma mulher, para uma feminista, tem coisas que é preciso aceitar. Homem por mais que tenha mil defeitos, se pararmos para pensar veremos que nós, mulheres, temos mil e UM! Hoje vi uma pergunta, que em minha opinião é muito 'sem noção', uma moça pergunta por que o homem trai (como se a mulher não traísse também) e pior ainda foi a resposta, uma mulher (que decepção) respondeu que o homem traí por hobbie. Então eu pergunto agora: Por que a mulher trai? Por hobbie? Faça-me rir... Temos que parar com essa história de querer um culpar o outro, eles têm defeitos, mas nós também temos e muitas vezes pior que eles. E peço POR FAVOR, jamais diga que não precisará de um homem. Muitas usam a desculpa dos "consoladores", mas digam, esses irá levá-la para jantar? Irá abrir a porta do carro para nós? Irá nos aquecer em uma noite fria de solidão? NÃO! Não fará nada disso. Homem é insubstituível na vida de uma mulher, tanto quanto, a mulher é na vida de um homem. Claro, nunca existirá o homem ideal, pois todos têm defeitos como já disse. Porém esses defeitos vão sumir/desaparecer quando notamos o tamanho das qualidades e vimos os quanto os amamos do jeito deles. E quem não acredita no amor. Por favor! É porque, de fato, ainda não o descobriu.


Escrito em Abril de 2009. Posto esse texto hoje e prometo um novo post para amanhã. Deixo-os um beijo enorme e vou dormir. Afinal, eu mereço, passou meu aniversário. Beijos!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

cores de vida


um amor cor de vida
enche, enriquece e ilumina
os dias dos meus dias,
as horas dos meus olhares.

esse amor cor de vida
enobrece minha alma
te faz ser apaixonado
me faz ser enlouquecida.

nosso amor cor de vida
nos faz amantes em vermelho,
esperança de azul e todo amor
toda paz e todo riso em nosso branco.

domingo, 18 de julho de 2010

Esse meu tempo mutante


É tudo questão do tempo, e esse tempo me põe em questão. Tem dias que o meu querer escolhe o passar do tempo e outrora escolhe que esse tempo, ou aquele, retorne. O tempo me prende e me solta, sou ave que voa e outrora se mantêm calada, quieta. Minha alma inquieta questiona o tempo e o pede por horas uma calma a qual eu estou por fora. Ou seja, sou alguém a qual a calma muitas vezes incomoda, porém o tempo me é calmante - ou pelo menos eu o peço que seja. Eu aqui quase chegando aos dezoito com uma vida de mulher, digo, com responsabilidades de uma mulher e também de uma menina. Sou jovem ao tempo e aos olhos de quem me vê. Pura e puta, uma letra que muda o sentido de mim. Sou dupla, intensa e explosiva. Exposta aos riscos e aos gostos dos outros eu sou o que muitos não entendem. Uma seriedade sorridente e esse meu mundo letrado, misturado e impulsivo. Confesso impulsividade sempre foi o meu forte – estou, porém agora, mais controlada. E há cada passar do tempo renovo meus pensamentos e inovo os meus dias, com cores, com gostos, com palavras e claro, com o meu silêncio gritante reservado somente a mim. O tempo me recolhe, invade e muitas vezes me diz: segue! Sem perguntar ele simplesmente me leva a caminhos que eu escolho sem saber. Sou confusa e apaixonante. Quem entende esses meus delírios se nem eu entendo? Meu vinho, meu rumo, meu ninho quentinho em uma noite de frio – meu destino aquentado pelos braços do tempo passante calado. Sou eu uma pena viajante nesse tempo. Passando de lugares a lugares, pedindo colo ao olhares alheios e o tempo, esse que se encarrega de carregar-me aos quatro cantos do mundo e da vida, dando-me novos rumos e novas trilhas, esse me enche de esperanças a cada novo dia. Esperanças de sentidos, de olhares, palavras e atos mutantes do que me vem sido apresentado. O tempo que passa e cala o passado me guarda me guia e me faz ter olhos futurísticos e pensamentos positivos. O tempo que daqui à dois dias e algumas horas me deixará mais velha e me dará novas oportunidades e responsabilidades, é o meu aliado ao aprendizado, ao conhecimento e como sempre digo, em alguns casos, ao esquecimento do que não me venha ser útil – onde eu quase sempre me engano, pois vejo logo depois que tudo me é útil. Eu espero somente que esse tempo me traga novas palavras para jogar ao mundo, espero que essas sejam lidas, faladas e pensadas por outros também. Porém, espero que essas sejam palavras emocionadas de bons sentimentos e pensamentos. Espero que minhas palavras nunca se calem. Que seja gritada, cantada e escrita no pensamento de quem as merece. Eu espero envelhecer e, espero que minha sabedoria seja sempre jovem e esperançosa. Eu sou uma gota e posso fazer tempestade.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Boneca feito gente


Quem dera se ela fosse uma boneca, dessas que não quebram apenas brincam e estão sempre com um sorriso de canto. Uma boneca com um coração verdadeiro, que chorasse e amasse. Uma boneca que não fosse de pano e retalhos, mas, que seja colorida e encantada, que enfeite os dias e faça sorrir aqueles que passam por perto. Quem dera se essa boneca fosse os olhos de alguém especial, que a pegasse no colo e a fizesse sentir que está no céu e se essa boneca cantasse que o mundo inteiro ouvisse. Que o encanto fosse passado de um para o outro e que cada abraço fosse multiplicado. Quem dera se ela tivesse o dom de levar aos outros cada sentimento que ela sente e que assim os dias dela se fizesse sóis. Ela, boneca de gente e coração de anjo. Ela, uma luz no fim do túnel, a esperança. Carregando no peito um poço repleto de sentimentos verdadeiros, caminha mudando de cor os desertos para que os corações dos humanos sejam feitos sem defeitos. Com os olhos brilhantes, de cor marcante, arrebata os olhos alheios. Carrega com ela os desejos de quem espera um pouco, digo, muito do mundo. Do nosso mundo. Boneca apaixonante, encantadora e guerreira. Boneca que luta dia e noite por verdade, sinceridade e originalidade. Que essa boneca exista não há dúvidas, esses dias todos no frio e na luta, amanhecendo sozinha. Boneca que durante sua vida de decepções encontrou um refúgio, uma força além que guia os caminhos de seus dias e uma maneira de sorrir contente. Ela escreve e encanta, ela escreve e assim encontra força. Boneca feita de gente, imperfeita, porém com alma verdadeira. Alma de quem sorri com coração, com os olhos e expande sentimentos. Alma de boneca que com as palavras se faz contente, que nas palavras encontrou a paz e com as palavras é feliz. A boneca acredita no sorriso e na verdade. A boneca sou eu em pedaços e que mesmo assim escreve desejos e angustias. Sou eu a confusa, santa e diaba. Sou eu sutil e encantadora, com lábios vermelhos escrevo desejo. Sou eu quem sorri e finge encantar. A boneca está em mim e em meus dias de gente grande. A boneca que existe aqui dentro, com essa alma de eterna criança, enlouquece a minha cabeça, irrita meus sentidos e mesmo assim me torna forte. Sou a boneca escritora, a inconstante que com seu jeito mutante de ser ainda encontra nas letras, nas palavras soltas e misturadas uma maneira de se encantar – e encantar o próximo. Sou eu que enrolo os meus sentimentos, que encontra na simplicidade um grande motivo de felicidade. Sou essa boneca impaciente e com gosto de gente. Eu sou essa boneca gente, essa maneira de espalhar emoção aos quatro cantos e ainda assim achar pouco. E pouco é quem pensa ser eu e não é. E pouco é quem busca encontrar em si próprio essa boneca que existe em mim e não encontra. E pouco é quem não luta, não ama e não enjoa. Pouco é o muito desnecessário há mim. Eu quero e busco o exagerado para que assim o mundo seja risonho e despreocupado com futilidades. Eu sou o bastante que não basta, sou o fogo que queima. Sou eu aquela que não foge e não mente ao presente. Busco o sorriso nos lábios, o coração quente e que o restante seja ao seu tempo, sem pressa e sem ficar parada. Sou eu, sempre eu essa boneca com coração de anjo e sonho ser sempre o sorriso nos lábios de quem merece. Assim me vejo, assim eu sou.

terça-feira, 13 de julho de 2010

em teu ser


Encontrei um colo,
no abraço a paz
e me senti em casa.

Nos olhos teus
encontrei a vida
e me fiz sorrisos.

Por ti vivo em rimas
e esqueci o passado.
Por ti me fiz linda
e passei a sonhar.

Os verbos me fogem,
me esquecem me largam,
não querem saber das palavras.
Os verbos se foram
e deixaram o amor

Meus versos crescem,
as rimas somem
quero somente
o que não tem nome.

Quero um beijo,
uma vida, mil sorrisos.
Quero teus dias nos meus,
minha boca na tua,
meu corpo no teu.

Contigo por um instante
vejo a vida em eterno,
vejo flores no horizonte e
sinto que nada se põe distante.

domingo, 11 de julho de 2010

Em meus olhos

Nesses olhos encontrarás somente a ti.



"Minh'alma, de sonhar-te anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No mist'rioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca

sábado, 10 de julho de 2010

Pré-dezoito


Dez dias para maioridade e o que me vêm são as lembranças da melhor idade. As lembranças ressurgem da época em que sorrir era simples, em que os problemas eram os cabelos feios das minhas bonecas ou montar todo o quebra-cabeça. Lembranças de quando andava de bicicleta na pracinha com o meu irmão e ganhava um balão ou de quando minha mãe lavava os meus cabelos e eu os secava ao sol. Lembranças de quando as preocupações, as ânsias e tudo mais, eram com o novo brinquedo, a escolha dos presentes de aniversário, natal e aquelas datas comemorativas.
Hoje, vejo que o tempo passou e, a idade só vai aumentando e com ela os problemas, os medos e as ansiedades. As preocupações e as responsabilidades que antigamente eu tanto fugia, agora elas estão aqui, caminhando ao meu lado e eu em busca de decepcionar a mim e aos outros. Eu, aqui, cada vez mais buscando a melhora em mim e no mundo. Crescendo e mesmo assim a mesma pessoa esperançosa e muitas vezes iludida com a mudança do ser humano. E hoje, quase aos dezoito me pergunto: Serei eu que terei de mudar? E que mudanças são essas que tanto busco?
É assim, a confusão com mais um ano e um ano de plena responsabilidade. A ânsia de saber que as coisas mudarão querendo eu ou não. Sabendo que as bonecas de antigamente não voltaram e que daqui pra frente à busca é por uma nova vida, uma psedo liberdade. Essas coisas todas que são impostas sem mesmo perguntar a nossa opinião. Normal. Confusa, calada, sentada à beira do fogo enxergando a menina de cabelos longos brincando de boneca e hoje, uma menina-mulher. E o tempo nem passou muito.
Dez dias para os dezoito e as piadinhas de sempre não fogem: “Tá virando gente grande” ou “Já pode ser presa”. E, realmente a minha preocupação não é essa, na verdade não uma preocupação com a maioridade e sim em como posso ajudar o mundo sendo maior de idade. E juro, um dia ainda encontro essa resposta e seguirei todos os meus planos. Estou ficando mais velha e como dizem aos quinze anos: Depois dos quinze, só vai... E, só vai mesmo! Estou aqui, chegando aos dezoito e foi um pulo!
O melhor que tenho a fazer é aproveitar esse tempo com pressa. Aproveitar cada idade, cada responsabilidade, ter limites e muitas vezes fugir dos limites. O tempo corre, a idade aumenta e as confusões perseguem. Os dezoito vêm chegando e o receberei com gosto de quem quer vencer mais uma etapa. E seguirei sempre em frente.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

a drop in your heart


Uma gota, um som.
Uma lágrima, um dom.

Uma vida de emoção, eu quero.
Tu não?

Sente a brisa, sente o tempo
A cada momento um riso, um choro, um canto, um ritmo
A cada instante a mudança
Minha e tua

Nosso ritmo solto ao vento.
Nossa vida misturada com morango e chantili, eu quero.
Tu não?

Um doce.
Um beijo, a voz e o teu riso
Meu som em teu peito
Bate suave e apaixona
Meu doce em teu corpo.

Meu eu em ti, a cada segundo,
A cada suspiro,
na tua respiração.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Caranguejo amante



Coisas de quem quer alguém por perto. Coisas de quem tem um coração carente. Coisa de quem ama demais. Coisas, essas todas enroladas em um pergaminho e mandado para mim. Sou esta, um milhão de coisas de amor misturado e com devaneio, até mesmo chegando ao extremo, sofro convulsões mentais de amor. Rolo, choro, grito, esperneio e finalmente, admito: eu amo demais. Sofro de uma doença inexplicável e incurável. Entendível e o que houver a mais para definir. Sofro de excesso de amor.
Sinto que amo o tempo que me envelhece e faz com que os dias passam depressa. Amo porque tenho a necessidade de simplesmente amar e levar comigo cada pedaço desse tempo voante. Passa-tempo, tempo que passa com passatempo de chocolate e um café à tardinha olhando o céu, quando vi já era noite. Passou o tempo e levou o dia. E eu o amo por isso, por levar os dias e trazer outros e levar o sol e trazer a lua. Eu amo essa rotação toda que me roda, me gira, me enlouquece, aquece, esfria. Eu amo demais.
Sinto que amo o vento, seja frio ou quente – eu o amo. Amo simplesmente por esfriar ou aquecer. Por fazer voar os meus cabelos curtos e eu sentir aquele ar de liberdade. O amo por não mentir e não fingir, pois o vento não nos engana e eu tenho loucura por isso. De um lado para o outro, frio ou quente, o vento não mente. Ou redemoinhos ou ventanias ou simplesmente a falta de vento. É incrível! A variação dele, as mutações e até mesmo o esconderijo. O vento é lindo, prazeroso, digno de um amor excitante, eu diria.
Amo tudo que está à volta, até mesmo os que não merecem. Amo porque somente o amor é capaz de causar mudanças. Amo porque somente o amor é a causa de toda a emoção do mundo. Eu amo o que não merece ser amado aos olhos dos outros, pois eu quero mais é que todo esse amor seja espalhado. Quero ver amor em todos daqui a Marte. Quero ver brilhar os olhos desses não merecedores. Somente assim a vida irá ter gosto de felicidade! Aos invejos, amor! Aos loucos, muito amor! Aos que amam mais amor e mais amor e mais amor! Desejo amor ao mundo inteiro. E com o amor à loucura! E a loucura aos amantes. Ousem!
Tenho esse jeito de amar, explosiva e sem limites. Gosto de exagerar e extravasar a minha loucura aparentemente escondida e de repente: AQUI ESTOU EU GRITANDO FEITO UMA LOUCA, AMEM! Sou assim mesmo, uma gota explosiva que causa, sim, uma tempestade em um copo d’água.
Romântica feita àquela rosa vermelha de dias dos namorados, e calma, como aquele lírio quieto guardado desde os dias das mães, porém sinto necessidade de muitas vezes me tornar algo mais notável pela extravagância e necessito levar emoção ao coração alheio. Canceriana. Típica de um caranguejo regido pela lua, com mutações fora de hora e principalmente com excesso de sensibilidade. Sou eu, essa que tenta levar a todos um sentimento maior, uma emoção e até mesmo um motivo maior à vida. Uma sonhadora que, quase sempre, foge de sua sanidade. Porém, mesmo fora de mim e timidamente corajosa busco entregar o meu melhor. E, de fato, o meu melhor está nos sentimentos, na emoção e nesse meu modo de seduzir tudo e pior, ser seduzida. O que me leva muitas vezes à ilusão.
É tudo assim mesmo, sou uma compulsiva amadora – amo demais e muitas vezes, até demais. Amo por todos e saio por aí doando amor, gritando amor, sendo amor e querendo mais amor nesse mundo de transições. Louca, cada vez mais! Amante.

domingo, 4 de julho de 2010

10 coisas em um homem



Primeiro: Que tenha uma malícia gostosa de sentir durante dias e noites e carregue consigo o meu cheiro, o meu gosto e as palavras sinceras que lhe digo. Tenha interesse em ler-me e não tente escrever em poucas linhas o que sou. Critique esnobe torture com greves de beijos, porém nunca ignore nem ao menos por um segundo. Que tenha humildade e paciência, contudo que tenha orgulho de si e de mim. Que me tenha consigo a todo instante mesmo que eu esteja a milhas e milhas distante.

Segundo: Com firmeza me tenha em seus braços e com mãos grandes acaricie meu rosto. E que seu corpo não interesse tanto quanto seu papo e com ele me faça cair aos seus pés. Perder a cabeça, esquecer o tempo e depois de tudo pedir um tempo, um segundo de carinho e que coma um chocolate napolitano e me faça uma massagem. Tenha cheiro de homem moderno, cabelos nem longos e nem curtos e principalmente que eu caiba exatamente em seu abraço, como se ele fosse um homem polvo.

Terceiro: Que seja atraente, cheiroso e tenha uma boca carnuda. Sorrisos de um lado ao outro e seja mais do que nunca gentil. Que me faça mulher e me faça quente. Não critique minha timidez e muito menos minha falta de vergonha, entenda minhas fraquezas e me peça um strip com gosto de tequila. Deixe-me ser quente e fria. Veloz e preguiça. Calma e nervosa. Deixe-me aos extremos, não gosto de sentir-me morna.

Quarto: Que com os olhos me coma, com os olhos me fale, com olhos entenda ou peça algo mais. Que me conte mentiras sinceras, que saiba fazer uma ótima surpresa e que me traga flores e me beije a todo manhã. Que sonhe comigo e diga com detalhes, que não tenha vergonha de suas fantasias e queria realizá-las comigo. Que divida desejos e realize sonhos. Que toque meu corpo inteiro e que eu sinta arrepio.

Quinto: Que me faça conhecer o que eu nunca havia visto e provado. Que me faça sentir livre e presa. Que me deixe solta e curiosa. Que quebre o gelo, abra latas, encontre o que perdi, acompanhe às reuniões e não me cobre. Que troque lâmpadas, mate baratas e não implique com os berros que darei ao vê-las. Que me faça cócegas, que conte piadas (mesmo que eu não as entenda), que me faça rir, dar gargalhadas até ir ao banheiro.

Sexto: Que eu possa rir, falar, gritar, chorar, me maquiar, me vestir, tomar banho e fazer xixi em sua frente. Que ele entenda a minha imperfeição e mesmo assim diga o quanto sou linda e que seja de coração. Que deite em meu colo e peça cafuné e quando eu cansar não diga: não pára, e sim: obrigada, linda e me dê um beijo. Que ele olhe para mim e pense: ela é quem eu quero junto comigo o resto da vida.

Sétimo: Que ele caminhe de mãos dadas e não solte nunca. Que me mostre o caminho mesmo quando eu estiver de olhos fechados. Que ele se lembre de mim aos seus amigos e não tenha vergonha de falar em mim. Que confie e acredite em mim e converse antes de dormir. Que durma colado em mim e mexendo os pés como eu.

Oitavo: Que não durma logo após fazer amor e que pergunte como foi. Que não peça permissão e confie em si. Que não tenha dúvida se gosto ou não e me beije a todo tempo. Que me abrace e fique calado. Que diga boa noite e bom dia sempre. Que nunca esqueça as boas maneiras nem ao menos quando eu for deselegante – sim, eu posso ser.

Nono: Que acorde ao meu lado e não tenha vergonha de estar descabelado, com mau-hálito e o que for, que me olhe e diga: eu te amo, mesmo que eu esteja escabelada, sem maquiagem e caindo de sono. Que seja gentil e adore a sua sogra. Que entenda a minha sensibilidade e as mutações. A TPM, os cinco minutos e o estresse diário.

Décimo: Que apesar de tudo isso, olhe em meus olhos e entenda cada detalhe de mim. Que seja ele mesmo e assim faça com que eu enlouqueça. Que ame o meu jeito de falar, cantar e até mesmo de ficar calada. Que tenha muita, mas muita paciência e faça com que eu aprenda tudo o que ainda não sei. Que morda, aperte e faça o que tem vontade e nunca diga que não sabe o que falar. Que seja meu e de mais ninguém. E que entenda a minha pseudo- modernidade.

E posso dizer que encontrei esse alguém detalhado em minhas ânsias e atenda as minhas supostas exigências à cima. Que encanta os meus olhos com a sua beleza e meu coração com seu modo de pensar e agir. Alguém que me têm por inteira e me torna uma pessoa melhor.
Posso dizer que sou feliz assim, com as nossas limitações e a nossa busca por crescer, juntos. Esse alguém que me conhece, me entende, me ama e me faz ser e sentir tudo isso que descrevi.
E quero dizer as gurias, esperem! Tenham paciência e acreditem tudo acontece ao seu tempo e existe sim a metade da laranja, um dia ele aparece!
E guris, até para ser canalha tem que haver sensibilidade. Quem muito quer acaba sem nada. Não brinquem com os sentimentos!

Coisas do coração


Essas coisas do coração enlouquecem. Isso tudo deveria ter remédio, ter cura, vacina e muitos tratamentos. Amar é coisa de louco. Ficamos cegos, surdos e muitas vezes mudo. O amor enfeitiça os olhos e o coração. O faz bater mil vezes mais aceleradamente. Nunca estamos satisfeitos, mas o amor fantasia essa insatisfação de maneira com que nem percebamos o que há em nossa volta e ficamos vidrados no amor, no sentimento. Faz bem quando nos põe a sonhar e faz mal quando começamos a sofrer. E sofremos intensamente, tanto quanto amamos. Mas, a verdade é que amamos muito, amamos a todos e a tudo. E queremos! O que é pior desejamos algo que muitas vezes não poderá ser nosso e sofremos em uma decepção que nós mesmos criamos. Acontece! É normal, mas quando acontece conosco nunca sabemos o que fazer. Acontece, novamente!
A verdade é que o amor é uma loucura boa, uma calma gostosa causada após uma explosão da paixão. E essa loucura, querendo ou não, acontecerá! É a natureza, e pessoalmente: que natureza boa! O amor leva-nos a sonhos e a realidade. Leva-nos a acreditar muitas vezes no irreal e trazê-lo para o nosso mundo. O amor traz-nos vida e nos revive quando mais necessitamos. O amor é pó largado ao vento espalhado ao mundo inteiro com esperança de nascer em todos os lugares do mundo. E mesmo sem ser ao mesmo tempo, nasce. Vive. Cresce e nos encanta. Faz-nos rir, chorar, cantar, gritar, sofrer e calar. O amor que ninguém sabe, ninguém entende, causa-nos sensações únicas. E se não for amor, ninguém sabe o que pode ser.
Eu desejo um amor tranqüilo, amor que quando nasce faça sentir desejo e carinho. Amor com respeito e atitude. Amor com malícia e entendimento. Desejo um amor intenso. Desejo um amor eterno – enquanto exista felicidade. Para eternidade não há definição, logo pode ser um momento. E desejo, que no amor todos os momentos sejam eternos. Desejo um amor imenso, que cegue e guie. Um amor com gosto de morango pimenta chocolate hortelã e tudo o que há de bom. Ardente, calmo e delicioso. Um amor que tenha fome e seja alimentado a cada dia. Um amor carente e nunca independente. Um amor que nos prenda aos beijos e nos liberte às palavras. Um amor que seja seu, dele e de vocês! Desejo um amor que tenha paciência e sempre alegria.
Eu quero e desejo, um amor que enlouqueça. Ferva e encante. Um amor único e de forma brilhante. Quero um amor que o tempo não seja a preocupação e que a felicidade seja a razão. Quero um amor que me cause emoção e brilho nos olhos. Um amor que seja puro e apimentado. Eu quero e eu tenho. Esse amor que me leva à loucura! Desejo o mesmo.

sábado, 3 de julho de 2010

Um pouco de mim em retratos

Recebi o convite de minha amiga linda, Lia, a demonstrar-me em imagens. Um pouco de mim em retratos e o que marcou a minha vida nesses quase dezoito anos.
Fiquei muito feliz em receber o convite e, lá vou eu!

Quem sou:
O que me faz sorrir:


O que me faz chorar:



Minha cor é:


O hobby:


Sonho:

Melhor lembrança:


Música é:


O livro:


Um filme:


Esporte:


Pecado:


Três lembranças fofas da infância:







Indico para todos que passam por aqui e gostam.

Beijos!








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